O PT só aparece com chances reais nas disputas para governador em Pernambuco, Acre, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe. Apenas cinco Estados. As possibilidades maiores de vitória são nas localidades menores -Acre, Piauí e Sergipe-, que concentram meros 3% de todos os eleitores do país. Não é nada não é nada, não é nada mesmo. Mesmo que o PT prospere nas eleições pelos governos de Pernambuco e do Rio Grande do Sul, o que é para lá de incerto, estará então comandando 13,8% do total dos eleitores brasileiros. É difícil esse cenário mudar até outubro. Ontem os jornais trouxeram mais uma carga de detalhes sobre os congressistas sanguessugas. Muita discussão sobre quem será prejudicado ou favorecido eleitoralmente com esse caso. Embora já esteja claro que governo e oposição têm culpa no cartório, é difícil imaginar que o PT tire algum proveito da crise. Na melhor das hipóteses, o dano pode ser minimizado, com algum tipo de blindagem para Lula. Vamos agora ouvir à náusea que ele não sabia de nada e outras inverossimilhanças do mesmo jaez. Em Pernambuco, o candidato petista ao governo local é o notório Humberto Costa, ex-ministro da Saúde. Por óbvio, ele nega envolvimento com os sanguessugas. Mas nessas horas vale uma das regras de ouro da política: tudo o que tem de ser explicado não é bom. Ainda não está claro em que medida o advento dos sanguessugas atrapalhará as eleições para o Congresso, para os governos estaduais e para o restante da campanha de Lula. De novo, certamente ajudar o PT é que esse escândalo não vai. Tudo para concluir que o PT ainda está longe de ser a agremiação capaz de oferecer alguma tranqüilidade institucional a Lula num eventual segundo mandato. |