SÃO PAULO - A julgar pelo que diz o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, basta "consciência" para não precisar pagar os juros obscenos que são uma característica do Brasil, no governo anterior como no governo Lula, que, aliás, atacava o anterior entre outras razões pelos juros obscenos.
Agora, basta que a "população" deixe o "comodismo" para não precisar pagar juros tão altos nos bancos e, principalmente, no cartão de crédito. Quantos anos faz que o presidente não freqüenta um banco para aplicar ou tomar dinheiro? Se o fizesse, ou se perguntasse a alguém que o faz antes de proferir seus catastróficos improvisos, saberia que as coisas não são tão simples assim, simplórias aliás.
Não adianta mudar de um banco a outro, da noite para a manhã, até porque a diferença entre as taxas cobradas por eles é pequena.
Se fosse tão fácil, por que Lula, como chefe do governo, continua pagando os juros igualmente obscenos aplicados à dívida brasileira, juros, aliás, determinados por um subordinado seu, Henrique de Campos Meirelles, presidente do Banco Central, em conjunto com subordinados de Meirelles e, portanto, de Lula?
O "non sense" das declarações do presidente deveria levar alguém, no Palácio do Planalto, a proibir Lula de fazer improvisações. Na semana anterior, ele já havia dito que o Brasil tirara a Alca da agenda, o que o ministro Celso Amorim, seu subordinado, viu-se obrigado a desmentir, porque era "non sense".
Um executivo, o vice-presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, comentou, sobre a declaração, que esperava que fosse "mais retórica e menos decisiva".
É uma maneira delicada de dizer que não vale o que está escrito, no caso o que está dito, quando sair de improviso da boca do presidente.
É perigoso esse descrédito da palavra presidencial, mas ele é o único responsável.
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