terça-feira, março 25, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO


“Por enquanto, não”
Ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, sobre eventual candidatura


CÂMARA IGNORA SUSPENSÃO DE AMIGO DO CACHOEIRA

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), defende a valorização do Parlamento, mas sentou em cima do pedido do Conselho de Ética para suspender por 90 dias o mandato de Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), amigo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A decisão foi tomada em setembro e aguarda há sete meses na gaveta do presidente para ser colocado em votação no Plenário.

CORPORATIVISMO

O deputado Leréia, que chegou a receber a senha do cartão de crédito de Cachoeira, pode chegar ao fim do mandato sem cumprir a punição.

RODA MOINHO

A suspensão de Leréia, decidida por 13 votos contra 3 no Conselho de Ética, se confirmada, seria o primeiro caso na Câmara desde 1988.

NUMA BOA

Condenado a mais de 39 anos de cadeia, Carlos Cachoeira leva vida luxuosa em Goiânia ao lado da mulher, Andressa Mendonça.

HORA DE PROPOSTAS

A líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), quer espaço na campanha de Dilma para discutir reforma política e redução da jornada de trabalho

BARÃO DA REFINARIA ESTÁ ENROLADO NA JUSTIÇA BELGA

O esperto “barão” Albert Frère, dono da Astra Oil, empresa que vendeu à Petrobras por US$ 1,180 bilhão uma refinaria que valia US$ 42,5 milhões, está enrolado com a Justiça na Bélgica. Ele é acusado de venda superfaturada de uma rede de restaurantes, em 2006. O mesmo ano em que iniciou seu “negócio da China” com a Petrobras, ao vender por US$ 360 milhões metade da tal refinaria de Pasadena, Texas, EUA.

DANDO UMA FORÇA

Albert Frère é o 295º na lista dos mais ricos da Forbes, saltando de € 1,9 bilhão em 2009 para € 3,5 bilhões. Com a nossa luxuosa ajuda.

EM BREVE, NAS BANCAS

Tintim, o personagem mais famoso dos quadrinhos na Bélgica, merece uma versão tupiniquim com patrocínio da Petrobras: o Dindim.

FALA, CERVERÓ

Quem conhece Nestor Cerveró, operador da compra superfaturada da refinaria, jura que ele não é do tipo que “vai ao sacrifício” em silêncio.

O NOME DO PAI

O Planalto tem sido pressionado a confirmar que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) é o padrinho de Nestor Cerveró, só agora demitido por Dilma após premiá-lo com a diretoria financeira da BR Distribuidora.

QUESTÃO DE IMAGEM

Para tentar amenizar o mico de pedir ajuda federal nas favelas “pacificadas” e tentar vaga no Senado, o governador Sérgio Cabral deu um trato no visual : pintou os cabelos e até as sobrancelhas de preto.

EXPECTATIVA

Nosso embaixador na Bolívia, Raimundo Magno, só será aprovado após o governo decidir a sorte de Eduardo Saboia, herói que salvou o senador Roger Molina da perseguição do cocaleiro Evo Morales.

BONAPARTISMO

Durante entrevista a Roberto D’Ávila, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, confessou sua curiosa admiração por Napoleão Bonaparte – um imperador, aliás, intolerante com divergências.

O BOM FILHO

O embaixador Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), voltará à Universidade de Brasília, onde estudou Engenharia Elétrica, para fazer uma palestra nesta sexta-feira (28), às 15h.

CATRACA LIVRE

A Prefeitura de Suzano, na grande São Paulo, abriu o cofre e vai bancar o transporte de 6 mil alunos da cidade. O passe livre custará R$ 3 milhões. A iniciativa é resposta local dos protestos do ano passado.

DE IGUAL PRA IGUAL

O senador Pedro Taques (PDT-MT) deverá ganhar como adversário ao governo o juiz Julier Sebastião, que iria para o PMDB. Ambos atuaram na Operação Arca de Noé, da PF, que desarticulou esquema em 2002.

DISPONÍVEL

O Itamaraty garante que já está no site do consulado em Washington o formulário exigido para se fazer procuração. Leitora viajou 2 mil km e, no consulado, mostrou em seu iPad que não havia o formulário no site.

AGORA VAI

O nanico PRTB, do eterno presidenciável “voto mínimo” Levy Fidelix, negocia apoio à reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin (SP).


PODER SEM PUDOR

PREFEITO CRUCIFICADO

História saborosa do folclore político pernambucano relata o dia em que Aredo Soares (PDS), prefeito de Olinda nos anos 70, convidou amigos e todo o secretariado para assistir ao espetáculo Paixão de Cristo, encenada nas escadarias das igrejas da cidade. Na cena em que o destino de Jesus passa pelas mãos de Pôncio Pilatos, ouviu-se a célebre pergunta:

- A quem queres que eu liberte: o rei dos judeus ou o ladrão Barrabás?

Um gaiato, inimigo do prefeito, gritou uma injustiça no meio da plateia:

- Solta os dois e prende o Aredo!