domingo, abril 15, 2012

CLAUDIO HUMBERTO



"O esquema de Cachoeira é como polvo de vários tentáculos"
Wadih Damous, presidente da OAB-RJ, sobre caso Cachoeira envolvendo políticos


PMDB pode indicar Jucá para presidente da CPI

A cúpula do PMDB tenta convencer o ex-líder do governo no Senado Romero Jucá (RO) a assumir a presidência da CPI do Cachoeira. Sua experiência da CPI da Petrobras, conduzida sem sobressaltos para o governo, é referência para sua escolha. Como no caso do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), cotado para a relatoria, a indicação de Jucá representaria reconhecimento ao trabalho como líder do governo.

Bancada sênior

O PMDB se fará representar, na CPI do Cachoeira, por uma bancada de parlamentares experientes para não dar chance a “erros”.

Possíveis nomes

O líder Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rego (PB) e Lobão Filho (MA) podem ser os demais nomes do PMDB na CPI.

Paralisia à vista

A presidenta Dilma agora acha que CPI só interessa a oposição. Ela teme que a comissão paralise votações importantes no Congresso.

Caciques e índios

Líder do PT, Valter Pinheiro (BA) só chama o correligionário Wellington Dias (PI) de “Índio”. O apelido já ganha adesão de caciques no Senado.

Lupi e Paulinho brigam no PDT por novo ministro

O ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, travam queda de braço para emplacar o futuro ministro do Trabalho. Presidente do partido, Lupi rompeu com Paulinho após seu veto à indicação do deputado Vieira da Cunha (RS) e defesa Brizola Neto (RJ), seu desafeto na sigla. Dilma decidiu “dar um tempo”. Descobriu que, sem ministro, a pasta vai bem.

Imbróglio

Dilma preferia Vieira da Cunha, vetado pela Força Sindical, e rejeitou Manoel Dias, secretário do PDT e ligado demais a Lupi para ser aceito.

Na pressão

Paulinho da Força procurou Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), esta semana, para cobrar a nomeação de Brizola Neto.

Só falta você

O bloco PTB-PR-PSC, batizado de União e Força e liderado por Gim Argello (DF), ganhou outro apelido no Senado: “Agora só falta você”.

Curta e intensa

O belo voto do ministro Carlos Ayres Britto, no caso dos anencéfalos, sinaliza que sua presidência no Supremo Tribunal Federal será curta, posto que se conclui já em setembro, mas será mesmo intensa.

Nem o MP sabia

O promotor Fernando Krebs revelou que o Ministério Público de Goiás não conhecia o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira “na dimensão em que apareceu”. A surpresa foi geral, no Estado.

Cintura de pilão

O PMDB está embasbacado com a menção de Dilma ao projeto social do líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN) em reunião com 2.500 prefeitos. Soou como elogio. Madame está aprendendo a jogar.

Na luta

Aos 85 anos e com a humildade que caracteriza seus gestos e a própria vida, o ex-governador da Bahia e ex-ministro da Defesa Waldir Pires (PT) será candidato a vereador, em Salvador.

Sem distinções

A ministra Ideli Salvatti estranhou que o ministro Alexandre Padilha (Saúde) tenha sido “poupado” de convocação. Mas é que, ao contrario dela, ele já havia aceitado convite para comparecer à Câmara em maio.

Guilhotina só coletiva

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) disse a Roberto Requião (PMDB-PR), em papo de cafezinho, que ele deveria relatar a cassação do mandato de Demóstenes: “Para cortar uma cabeça só? Quero não”, respondeu o ex-governador do Paraná.

Beco sem saída

No DEM, avalia-se que “não é tão simples assim” decidir pela fusão com outros partidos. O problema são as desavenças estaduais com o PSDB em estados como Goiás, Sergipe, Rio Grande do Sul e Bahia.

Deixa pra lá

A bancada feminina da Câmara bem que tentou a presença da primeira presidenta eleita do país, Dilma Rousseff, em café da manhã com as deputadas. Diante de negativas sucessivas, desistiram.

Pensando bem...

...o escândalo Cachoeira é o mensalão enjaulado.

Animal errado

No final dos anos 70, quando Arena e MDB eram os partidos autorizados pela ditadura, vivia em Manaus um comerciante sírio, Salim, conhecido por “Jacaré”. Certo dia, às vésperas da eleição de 1978, recebeu uma ligação:
- Aqui é Luís Humberto, da Comissão de Finanças da Arena. Estamos reunindo recursos para a campanha do vice-governador João Bosco, nosso candidato ao Senado. Precisamos de sua contribuição financeira.
- De jeito nenhum, patrício. A Arena só tem leão ou rato. Eu sou Jacaré.