sábado, setembro 26, 2009

Panorama Radar


Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br

Divergências de bilionários

Marcos d'Paula/AE
Divulgação
Fricção
Eike e Esteves: atuação em conjunto da dupla durou pouco


O BTG Pactual, de André Esteves, não está mais assessorando Eike Batista na tentativa que o homem mais rico do Brasil está empreendendo para comprar a Vale. Eike diz a quem quiser ouvir que não gostou do modo de atuação de Esteves na (até agora) frustrada tentativa de controlar a Vale. Esteves bota panos quentes: "Do meu lado, não há stress algum". Diz que pode estar fora dessa negociação, mas continua fazendo outras para o grupo de Eike.

Eleições 2010

Lula pede licença
Pode ser, é claro, balão de ensaio, mas efetivamente Lula tem dito privadamente a alguns de seus ministros que vai licenciar-se do cargo por três meses para fazer a campanha de Dilma Rousseff como se fosse a sua própria.

Câmara

Zero Hora/Ag. RBS
Procurou, achou
Paulo Roberto: sob investigação


Carretel de denúncias
O deputado Paulo Roberto (PTB-RS) começou a ser investigado pela Câmara por suspeita de venda de passagens, mas pode acabar no Conselho de Ética por outro motivo. Uma comissão de sindicância descobriu indícios de que Paulo Roberto ficava com parte dos salários de dois de seus assessores.

Brasil

A bomba no FAT
A partir de outubro (e até o fim do ano), o Tesouro começa a pingar um total de 2,8 bilhões de reais para tapar o rombo no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). É a primeira vez na história que o FAT (que banca o seguro-desemprego ao trabalhador) fechará no vermelho. Ou melhor, não fechará, porque o governo vai abrir o cofre. Mas o que é ruim vai ficar pior: em 2010, o buraco previsto é de 7,8 bilhões de reais.

Governo

Vai ter reajuste?
Surgiu um stress entre o governo e algumas das empreiteiras que tocam as obras do PAC. Para ficar prontas no prazo, seria preciso fazer aditivos aos contratos – o que poderia implicar um reajuste de até 25% sobre o valor contratado. Há ministros certos de que se trata de um movimento articulado com um objetivo óbvio: se o governo não topar assinar os aditivos, a mãe do PAC, Dilma Rousseff, entrará no ano eleitoral sem várias obras.

Economia

O dobro do Big Brother
Para marcar seus oitenta anos de Brasil, a Unilever começa no próximo fim de semana uma megacampanha que culminará em dezembro com a entrega do maior prêmio individual já pago no Brasil num sorteio de TV: 2 milhões de reais.

Em Portugal
Duda Mendonça está abrindo uma agência em Portugal para atender à conta do Pingo Doce, uma das maiores redes de supermercado de lá. Segue a trilha de Eduardo Fischer, que há três anos abriu a Fischer Portugal e hoje atende a algumas das maiores contas do país.

Religião

A hora da sacolinha 1
Apesar de a Igreja Católica ter quase o triplo de fiéis que as denominações evangélicas, o dinheiro que recolhe de contribuições é substancialmente menor. Esse dado aparece numa recém-concluída pesquisa nacional, realizada pelo Instituto Análise, que investigou a relação dos fiéis com suas igrejas. O resultado deixará a Igreja Católica preocupada. Primeiro, porque, enquanto 60% dos católicos declaram que doam algum dinheiro às suas paróquias, 78% dos evangélicos dizem que contribuem para os seus templos.

Antonio Gaudério/Folha Imagem
Com fé
Templo: mão aberta para as doações

A hora da sacolinha 2
Mais importante do que isso, os evangélicos se dispõem a botar mais reais na sacolinha. Aos números: a Igreja Católica arrecada em média por mês cerca de 680 milhões de reais de seus fiéis, segundo a pesquisa. As diversas denominações evangélicas somadas recolhem 1,032 bilhão de reais a cada mês. Como se chega a esse total se o número de católicos é quase o triplo do de evangélicos? Simples, os evangélicos doam mais. Cada não pentecostal doa 36 reais por mês. Um pentecostal doa 31 reais. Já os católicos contribuem com 14 reais (os praticantes) e com 3 reais (os não praticantes).

Com Paulo Celso Pereira