EXPEDIÇÃO ÁFRICA (Estreia nesta quinta-feira, às 22h, no The History Channel) • Em 1871, o repórter britânico Henry M. Stanley pôs fim a um mistério que intrigava o mundo: o paradeiro do explorador e missionário escocês David Livingstone. Espécie de Indiana Jones de seu tempo, Livingstone havia desaparecido numa expedição à África. Stanley foi incumbido por um jornal de encontrá-lo. A frase que disse ao topar com ele, no coração do continente, é clássica: "Doutor Livingstone, eu presumo". Produzido por Mark Burnett, o homem por trás de reality shows como Survivor, Expedição África oferece uma curiosa combinação de história e aventura. Quatro exploradores têm como desafio refazer a trilha de Stanley dispondo de recursos parcos: uma bússola e mapas básicos. Ao cruzarem savanas, pântanos e desertos, eles enfrentam perigos como cobras e doenças.
LIVROS DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA(Objetiva/Instituto Antônio Houaiss; 2 048 páginas; 250 reais)
CINEMA
INIMIGO PÚBLICO Nº 1 – INSTINTO DE MORTE (L'Instinct de Mort,França, 2008. Estreia nesta sexta-feira no país) • Nos anos 60 e 70, Jacques Mesrine cometeu alguns dos mais bombásticos atos criminosos da história da França, o que lhe rendeu a alcunha de "inimigo público nº 1". Este filme é uma biografia e uma metáfora: Mesrine fora soldado na Argélia no fim dos anos 50, quando os franceses já estavam perdendo o controle sobre sua então colônia, e lá aprendeu que nenhum abuso de poder ou de violência é demais quando se quer atingir um fim. De volta ao seu país natal, já então ele próprio em convulsão, deu as costas à sua família respeitável e foi pôr em prática a lição. Dirigido com energia explosiva por Jean-François Richet, o filme tem o intérprete ideal no sempre intenso Vincent Cassel. Uma segunda parte da história deve ser lançada até o fim do ano.
A ERA DO GELO 3 (Ice Age: Dawn of the Dinosaurs, Estados Unidos, 2009. Desde sexta-feira em cartaz no país) • Os mamutes Manny e Ellie esperam seu primeiro bebê, o tigre Diego anda de novo meio deprimido e a preguiça Sid continua a criar confusão – agora, recolhendo três ovos que encontrou em uma cratera. Três dinossaurinhos (bem, nem tão "inhos" assim) saem da casca e acham que Sid é sua mãe – e a genitora verdadeira, de dentes enormes e afiados, vai querer tirar essa história a limpo. O terceiro episódio da série animada traz a marca de seu diretor, o brasileiro Carlos Saldanha: ação virtuosística casada a muito humor. O roteiro é menos envolvente do que se gostaria, mas, sempre que ele fraqueja, entra em cena aquele seu reforço infalível: o neurótico esquilo pré-histórico Scrat, agora às voltas com uma esquila ardilosa.
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• Idealizado pelo filólogo Antônio Houaiss (1915-1999) e publicado em 2001, o Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa estabeleceu um novo padrão para a lexicografia. Traz mais de 3.000 páginas e 228.500 verbetes. Mas é um livro caro – chega a 500 reais em algumas livrarias. Este novoHouaiss representa uma alternativa econômica. Tem menos verbetes – 146.000 – e não é tão detalhista nas informações etimológicas. Mesmo assim, é o primeiro dicionário de grande porte a incorporar as modificações do acordo ortográfico – o trabalho de adaptação às novas regras, aliás, custou mais de um ano de trabalho à equipe do Instituto Houaiss, capitaneada pelo lexicógrafo Mauro Villar. O livro vem acompanhado de um CD-ROM, que, além do dicionário completo, traz conjugações de verbos.
• Na São Paulo de 2068, é impossível andar nas ruas, tomadas de traficantes e fanáticos do "marxismo teocrático". A classe média e os ricos moram em shopping centers conhecidos como "cidades-cubo". Numa dessas ilhas, atua o crítico de arte Wagner Krupa, que terá a sorte de achar um original de Eugène Delacroix – o quadro parece ter sobrevivido à queima do acervo do Museu do Louvre promovida pelos fundamentalistas islâmicos que governam a França. Conduzida em capítulos curtos, com frases ágeis, essa distopia futurista é fruto da imaginação do escritor e jornalista Edson Aran, diretor de redação de Playboy (da Editora Abril, que também publica VEJA). Iconoclasta, o romance investe contra as instituições artísticas, políticas, religiosas. E faz o leitor rir. 
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