quarta-feira, outubro 29, 2008

Um futuro político muito duvidoso Por Giulio Sanmartini


Quanto mais se pensa e quanto mais se analisam estas últimas eleições municipais, que foram o aperitivo das presidenciais para 2010, aparece somente um grande derrotado: Luiz Inácio Lula da Silva. Não é simples entender como um político com os níveis de aceitação e popularidade jamais vistos na história da República (sem ironia), tenha essa dificuldade em transferir votos. Ou será que espertamente Lula tenha feito isso de propósito visando um terceiro mandato? Há uma coisa clara e cristalina: Lula só dá apoio e força a ele mesmo, o resto que se dane, que fique falando sozinho.

De todos os que fazia questão de eleger, elegeu um só, o um pouco mais que insignificante, Luiz Marinho, que conseguiu a prefeitura de São Bernardo (SP).

São Paulo, a maior cidade do pais, foi-lhe particularmente humilhante com a derrota de sua “grande” candidata, a prepotente e falastrona Marta Suplicy. Sua derrocada foi de tal monta (60% a 39%), como jamais se viu na história das eleições políticas paulistas e paulistanas.

Em outras cidades importantes para disfarças a derrota teve que engolir sapos. No Rio de Janeiro, “aceitou” como um bocada amarga, o candidato do governador Sérgio Cabral, Eduardo Paes, que venceu acidentalmente, por uma diferença abaixo do 2% dos votos, mas , que não há muito tempo, o chamou de “chefe da quadrilha” de mensaleiros e denunciou seus filhos em negócios escusos.

Assim seguiu em outras capitais, das 27 o Partido dos Trabalhadores, venceu sem arranjos amorais, somente em Vitória (Espírito Santo), com João Coser, apoiado pelo governador Paulo Hartung, PMDB; Rio Branco (Acre), com Raimundo Angelim; Porto Velho (Rondônia), com Roberto Sobrinho; Palmas (Tocantins), com Raul Filho.

Lula pegou a pecha de “pé frio” para os esportistas brasileiros, se depois destas eleições, pegar a de rei Midas ao contrário, isto é o que tocar ao invés de transformar-se em ouro, se transforme em (me perdoem) merda, seu futuro político e o do partido será difícil

(*) Texto de apoio: Sebastião Nery.