RIO DE JANEIRO - Em junho último, um morador da cidade de Darwin, na Austrália, percebeu um corpo estranho em seu vaso sanitário. Levantou-se às pressas e deu com uma cobra -uma píton de cabeça negra-, de 1,8 metro, saindo dele. Segurando as calças pelos suspensórios, foi acudido por um vizinho, que o acalmou garantindo que a píton não era venenosa. O cidadão mora num 10º andar, seu banheiro não tem janelas, e a cobra só pode ter subido pelo encanamento.
Na Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi está gravando um CD de canções de amor. Já o imaginava cantando "Parlame di Amore", "Mariù", "Champagne", "Io Che Non Vivo Senza Te", "Nel Blu Dipinto di Blu" e outros clássicos à beira da piscina quando fui informado de que as canções serão de sua lavra.
Nesta segunda-feira, durante um vôo Budapeste-Dublin, um vazamento de sopa de cogumelo sobre um passageiro da empresa aérea irlandesa Ryanair provocou uma reação alérgica tão forte no dito cujo que obrigou o avião a um pouso de emergência em Frankfurt, para que ele fosse socorrido. A sopa, pingando de um compartimento sobre a cabeça do homem, desencadeou um inchaço instantâneo em seu pescoço, impedindo-o de respirar.
E, na terça-feira, uma criança de um ano e meio caiu, não se sabe como, de uma janela do terceiro andar de um prédio no bairro de Boa Viagem, no Recife. Mas não morreu, porque a fralda descartável que ela usava ficou enroscada num pedaço de ferro pontiagudo em cima de um muro, impedindo que fosse ao chão.
O que essas notícias têm em comum? Não faço idéia. Mas há ocasiões em que o mundo fica parecido, respectivamente, com uma revista da praça Tiradentes, um programa de calouros do Silvio Santos, uma chanchada da Atlântida e um desenho animado do Údi-Údi.