A CHINA continua apresentando um ritmo acelerado de crescimento -11,1% no primeiro trimestre. A produção industrial cresceu 18% entre janeiro e abril, na comparação com o ano anterior. O comércio varejista registrou incremento de 15,1% no mesmo período. O índice de preços ao consumidor mostrou sinais de aceleração, aumentando 2,8% frente aos quatro primeiros meses de 2006.
Para combater o excessivo aquecimento, as autoridades chinesas promoveram mudanças em alguns instrumentos de política econômica na semana passada, sem alterar suas estratégias expansivas.
A fim de conter o dinamismo do crédito doméstico, a alíquota do recolhimento compulsório sobre o sistema bancário será elevada em 0,5 ponto percentual, para 11,5%, a partir de junho. Trata-se do oitavo aumento do depósito compulsório exigido dos bancos desde junho passado.
Ao mesmo tempo, o Banco do Povo (Banco Central chinês) comunicou um incremento na taxa de juros sobre os depósitos de um ano e na dos créditos bancários, de 0,27 ponto e 0,18 ponto, para 3,06% e 6,57%, respectivamente. A gestão das taxas de juros na captação e nos empréstimos, bem como a expansão da oferta do crédito bancário, administrada pelos bancos públicos, desempenha papel crucial na sustentação de elevados índices de crescimento no país. As decisões anunciadas anteontem procuram apenas diminuir a excessiva liqüidez no sistema financeiro, a fim de conter a aceleração nos preços.
O BC chinês decidiu também ampliar a banda de flutuação do yuan em relação ao dólar no mercado de câmbio à vista, de 0,3% para 0,5%.
O governo chinês continua a responder com cautela às pressões externas para implementar uma taxa de câmbio menos rígida e reduzir o elevado superávit comercial, de US$ 232 bilhões no ano passado.