"O depoimento do deputado Roberto Jefferson na CPI dos Correios não trouxe nenhuma novidade bombástica. Mas confirmou algumas denúncias e firmou outras tantas convicções.
Entrando pela madrugada adentro, o deputado foi bastante esclarecedor em determinadas respostas, como quando declarou à deputada Denise Frossard que um partido deseja cargos no governo federal para possuir um homem seu em posto-chave, que possa entrar em contato com as empresas privadas que fazem negócios com o governo a fim de obter ajuda para o partido.
Em suma, disse que os cargos no governo ajudam a financiar os partidos políticos no Brasil.
Respondendo ao senador Jefferson Peres, Roberto Jefferson aceitou com tranqüilidade a proposta de ser acareado com o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e com o deputado José Dirceu. Jefferson voltou a afirmar que Dirceu estava no comando do esquema do tal do mensalão.
Como novidade, Roberto Jefferson apontou a influência do atual secretário do PT, Silvio Pereira, nas nomeações na Petrobrás e na Transpetro. No mínimo, são pistas a serem seguidas, sugestões de investigações a serem levadas adiante.
Mais ainda, afirmou que boa parte do dinheiro que ele recebeu para financiar campanhas do PTB, os tais quatro milhões, teria vindo com uma cinta do Banco do Brasil, sugerindo uma investigação nas contas do publicitário Marcos Valério no bancão estatal.
O fato é que Roberto Jefferson continua sendo o principal pauteiro da investigação e das ações do governo federal. Depois de suas denúncias, caiu a diretoria dos Correios, caiu o ministro da Casa Civil, José Dirceu, e ontem caíram três diretores de Furnas.
Claro que agora todo mundo quer saber quem mais será derrubado pelas denúncias de Roberto Jefferson.
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