Continuará em cartaz o striptease moral do PT – e, naturalmente, do governo que ele montou ou que foi forçado a montar pelas circunstâncias políticas.
Lula manterá Romero Jucá como ministro da Previdência Social, apesar das suspeitas de irregularidades que pesam sobre ele.
Manterá Henrique Meirelles na presidência do Banco Central, apesar das suspeitas de que ele cometeu crime eleitoral e crime fiscal.
E abrirá espaço no governo para a entrada de mais representantes de partidos essencialmente fisiológicos. Sem o apoio deles, não poderá sonhar com a reeleição.
Ao desgaste sofrido pelo governo e pelo PT com a tentativa frustrada de abortar a criação da CPI dos Correios, seguirá o desgaste a ser pago pelo empenho em tentar melá-la de todas as maneiras possíveis.
É balela essa história de que Lula aplicará um "choque moral" quando voltar do Japão. Pode ser desejo de alguns dos seus assessores. Mas não passará de desejo.
Lula, o governo e a maioria do PT se tornaram prisioneiros de um projeto de manutenção do poder que não permite concessões à ética comum.
O exercício do poder, de resto, tem sua própria ética. E ela pouco tem a ver com aquela esgrimida em palanques durante campanhas eleitorais.
BLOG Ricardo Noblat
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