Pelas minhas contas, Lula é caro demais. A gente não tem dinheiro para
bancar mais seis anos de petismo.
Exemplo 1:
Guilherme Estrella era sindicalista da CUT e presidente do diretório do
PT de Nova Friburgo. Quando Lula foi eleito, nomeou-o diretor de
Exploração e Produção da Petrobras, um dos cargos estratégicos da
companhia. A imprensa, na época, alertou para os riscos do aparelhamento
petista, que favorecia a filiação partidária em detrimento da
qualificação profissional. Agora, dois anos depois, já dá para avaliar
os resultados de sua gestão. Em 2004, a produção nacional de petróleo
caiu mais de 3%. Foi a primeira queda desde 1991. Nos oito anos de
Fernando Henrique Cardoso, a produção aumentou, em média, 10% ao ano.
Pulou de 692.000 barris diários, em 1994, para 1,5 milhão, em 2002. Se
Estrella tivesse mantido o ritmo de crescimento de seu antecessor, a
Petrobras estaria produzindo 315.000 barris diários a mais. Com o barril
a 45 dólares, perdemos cerca de 5 bilhões de dólares ao ano. Repito: 5
bilhões.
Exemplo 2:
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, não se abalou com o mau
desempenho da companhia. Pelo contrário. Comemorou a queda de produção
de 3%. Disse que temia uma diminuição ainda maior. A produção de
petróleo caiu, segundo ele, por causa do atraso na entrega das
plataformas P-43 e P-48. O contrato com a Halliburton, empresa
responsável pela obra, previa uma pesada multa em caso de atraso. A
Halliburton atrasou, mas por algum motivo não teve de pagar a multa. O
rombo foi inteiramente transferido para o contribuinte. Dutra não tem um
passado empresarial. Fez carreira como sindicalista da CUT e senador do
PT pelo estado de Sergipe. Não sei o que é pior. A falta de tarimba
administrativa o levou a partidarizar as nomeações para cargos técnicos
e a abolir o esquema de bonificações instituído por Henri Philippe
Reichstul, que premiava os dirigentes que apresentavam ganhos de
produtividade. O efeito foi imediato. Queda de 3% na produção.
Exemplo 3:
Lula declarou, em campanha eleitoral, que as plataformas P-51 e P-52
deveriam ser construídas no Brasil. A bravata lulista levou a Petrobras
a suspender a licitação das obras no fim do governo passado. Atualmente,
a P-52 está sendo feita num estaleiro de Cingapura. Repito: Cingapura,
não Brasil. Em relação ao projeto original, será entregue com um ano de
atraso e irá custar 300 milhões de dólares a mais. Quanto à P-51, a
licitação foi vencida pela mesma empresa de Cingapura, pelos mesmos 300
milhões de dólares a mais, mas o atraso estimado, se tudo correr bem,
será de dois anos. As plataformas produzem 180.000 barris por dia. Cada
ano de atraso corresponde, portanto, a uma perda de quase 3 bilhões de
dólares.
Somando tudo: 5 bilhões de dólares pela queda de produção em 2004 + 3
bilhões pelo atraso de um ano da P-52 + 6 bilhões pelo atraso de dois
anos da P-51 + 600 milhões pelo aumento do preço das plataformas = 14,6
bilhões de dólares de custo lulista.
Isso só na Petrobras. Não dá para calcular os danos no resto do Brasil.
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