sábado, abril 25, 2009

Radar Lauro Jardim



ljardim@abril.com.br

Wilson Dias/ABR
Preocupação Felix: de olho nas paralisações de ferrovias


Será que é para valer?


Sem alarde, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix, assinou uma portaria há duas semanas criando um grupo de trabalho "de segurança para áreas de infraestruturas críticas de transportes". Não será a única atribuição, mas por trás desse nome meio pomposo está o objetivo do governo de monitorar movimentações dos sem-terra que interrompem estradas e ferrovias. Atenção: o grupo criado agora não vai, é claro, impedir as invasões de rodovias, mas tentar combater com mais rapidez suas consequências.


Brasil

Folha Imagem
Rindo à toa Aécio: Minas na rota


Mais poderoso

Aécio Neves ficou mais poderoso na semana passada – e ninguém parece ter se dado conta. Na quinta-feira, a Cemig, estatal mineira de energia, comprou por 2,3 bilhões de reais a Terna, uma das maiores empresas de transmissão de energia elétrica do país. A Terna atua em doze estados, além do Distrito Federal. Ou seja, a partir de agora, para ampliar redes de transmissão de energia e discutir investimentos sociais em áreas carentes, ou mesmo para negociação de reajuste de tarifas, Aécio (ou o governador de Minas da vez) acabará sendo procurado por outros governadores.

Minha casa...
O governo Lula não pode reclamar de Helder Barbalho, o filho e herdeiro político de Jader. Prefeito de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, Helder assinou na quarta-feira o convênio com a Caixa para a implantação do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade. Até aí, beleza. Mas, antes mesmo da assinatura, já fazia sua parte para cumprir a meta do governo de reduzir o déficit habitacional. Começou pela sua própria residência.

...minha vida
Aos 29 anos, Helder está construindo uma casa de cinco suítes, com piscina e sauna. Só o terreno, de quatro lotes, custou 500 000 reais. E, apesar do luxo e do patrimônio, o jovem prefeito usou um financiamento da Caixa. O governo já pode comemorar.

PT

A Dilma e o Zé
Dilma Rousseff e José Dirceu têm se falado bastante nas últimas semanas.

Maranhão

Lugar ao sol
Depois de um ano e meio no ostracismo, o ex-senador Francisco Escórcio garantiu nesta semana um lugar ao sol. Está trabalhando na representação do governo do Maranhão em Brasília. A nomeação, um dos primeiros atos de Roseana Sarney, é uma retribuição à movimentação dele na busca de documentos para cassar Jackson Lago. Escórcio já teve seus dias de (má) fama: foi o assessor de Renan Calheiros flagrado ao tentar espionar, sem sucesso, os senadores Demóstenes Torres e Marconi Perillo, quando ambos lutavam para tirar Renan – afogado em um mar de denúncias – da presidência do Senado.

Internacional

Mordomo de embaixada
A embaixada brasileira em Londres lançou um edital para a contratação de um mordomo para a residência do embaixador. Segundo o edital, entre suas funções está a de "servir a mesa, atendimento de telefone, manter atualizado o estoque", entre outras. Paga-se bem: 2 300 libras mensais (ou 7 500 reais).

Satiagraha

Em busca de um advogado
O advogado Eduardo Ferrão tomou um susto no fim do mês passado. Três delegados da Polícia Federal foram procurá-lo em seu escritório, em Brasília. Temendo ser preso, pediu à secretária que os fizesse aguardar alguns minutos. Nesse meio-tempo, preparou um habeas corpus para si mesmo e o encaminhou a um amigo com a recomendação de entrar com o pedido no STF se em trinta minutos não fizesse contato. Os três delegados eram ligados à associação da categoria, porém tinham outro objetivo: foram sondá-lo para advogar para o enrolado Protógenes Queiroz. Passado o susto, o convite foi negado. O que Ferrão não sabia até então era que Protógenes conhecia bem seu currículo. No material apreendido pela PF nos endereços do delegado, foi encontrado um relatório de maio de 2008 com investigação sobre a vida de Ferrão. O levantamento inclui desde os principais clientes do escritório até dados sobre os carros do advogado.

Copa 2014

Marcos D’Paula/AE
Bola murcha Teixeira: o que inquieta
o presidente da CBF é o time de 2014

Faltam craques
A grande preocupação de Ricardo Teixeira para 2014 não são os estádios. Tampouco a infraestrutura que será erguida para a Copa. O que o inquieta de verdade é a seleção que jogará a Copa de 2014. Ele tem dito aos mais próximos que não vê nenhum craque na geração que hoje está entre 18 e 20 anos, ou seja, aqueles que, em tese, estarão no auge em 2014.

Com Paulo Celso Pereira
Colaborou Alexandre Oltramari