tag:blogger.com,1999:blog-107023482024-03-13T16:39:05.245-03:00ARQUIVO DE ARTIGOS ETCUnknownnoreply@blogger.comBlogger34107125tag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-83835820816237737482018-10-12T13:07:00.000-03:002018-10-12T13:12:54.449-03:00J. R. GUZZO O PARTIDO ANTILULA<br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px;" />
<br />
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px 30px; text-align: justify;">
<span style="color: purple;"><em><strong><br /></strong></em></span>
<span style="color: purple;"><em><strong>J.R. Guzzo. VEJA</strong></em></span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
Durante as próximas três semanas você vai ler, ver e ouvir um oceano de explicações perfeitas sobre o que aconteceu nas eleições deste domingo – e em todas elas, naturalmente, os cérebros da análise política nacional dirão ao público o quanto acertaram nos seus pronunciamentos durante a campanha eleitoral, embora tenha acontecido em geral o contrário de quase tudo que disseram. A mesma cantoria, com alguns retoques, deve ser feita daqui para frente para lhe instruir em relação ao desfecho do segundo turno, no próximo dia 28 de outubro. Em favor da economia de tempo, assim, pode ser útil anotar algumas realidades básicas que o primeiro turno deixou demonstradas.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
1 – A grande força política que existe no Brasil de hoje se chama antipetismo. É isso que deu ao primeiro colocado, Jair Bolsonaro, 18 milhões de votos a mais que o total obtido pelo “poste” do ex-presidente Lula. Esqueça a “onda conservadora”, o avanço do “fascismo”, as ameaças de “retrocesso” – bem como toda essa discussão sobre homofobia, racismo, machismo, defesa da ditadura e mais do mesmo. Esqueça, obviamente, a força do PSL, que é nenhuma, ou o esquema político do candidato, que não existe. O que há na vida real é uma rejeição tamanho gigante contra Lula e tudo o que cheira a Lula. Quem melhor soube representar essa repulsa foi Bolsonaro. Por isso, e só por isso, ficou com o primeiro lugar.</div>
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2 – O PT, como já havia acontecido nas eleições municipais de 2016, foi triturado pela massa dos eleitores brasileiros. Seu candidato a presidente não conseguiu mais que um quarto dos votos. Os candidatos do partido a governador nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul tiveram votações ridículas. Todos os seus candidatos “ícone” ao Senado, como Dilma Rousseff em Minas Gerais, Eduardo Suplicy em São Paulo e Lindbergh Farias no Rio de Janeiro foram transformados em paçoca, deixando o PT sem um único senador nos três maiores colégios eleitorais do Brasil. Mais uma vez, o partido só tem a festejar a votação no Nordeste – e mais uma vez, ali, aparece aliado com tudo que existe de mais atrasado na política brasileira.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
3 – A força política de Lula, que continua sendo descrito como um gênio incomparável no “jogo do poder”, é do exato tamanho dos resultados obtidos nas urnas pelo seu “poste”. As mais extraordinárias profecias vêm sendo repetidas, há meses, sobre a sua capacidade de “transferir votos” e a sua inteligência praticamente sobre-humana em tudo o que se refere à política. Encerrada a apuração, Lula continua exatamente onde estava – trancado num xadrez em Curitiba e com muito cartaz do “<em>New York Times</em>”, mas sem força para mandar em nada.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
4 – Os institutos de “pesquisa de intenção de voto”, mais uma vez, fizeram previsões calamitosamente erradas. Dilma, segundo garantiam, ia ser a “senadora mais votada do Brasil”. Ficou num quarto lugar humilhante. Suplicy, uma espécie de Tiririca-2 de São Paulo, também era dado como “eleito”. Foi varrido do mapa. Os primeiros colocados para governador de Minas e Rio de Janeiro foram ignorados pelas pesquisas praticamente até a véspera da eleição. Tinham 1% dos votos, ou coisa que o valha. Deu no que deu.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
5 – O tempo de televisão e rádio no horário eleitoral obrigatório, sempre tido como uma vantagem monumental — e sempre vendido a peso de ouro pelas gangues partidárias — está valendo zero em termos nacionais. Geraldo Alckmin tinha o maior espaço nos meios eletrônicos. Acabou com menos de 5% dos votos. Bolsonaro não tinha nem 1 minuto. Foi o primeiro colocado. Parece não valer mais nada, igualmente, a propaganda fabricada por gênios do “marketing eleitoral” da modalidade Duda Mendonça-João Santana – caríssima, paga com dinheiro roubado e criada numa usina central de produção. A votação de Bolsonaro foi construída nas redes sociais, sem comando único e sem verbas milionárias.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS", Tahoma, Arial; font-size: 15px; margin: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: justify;">
Daqui até 28 de outubro o público será apresentado a outras previsões, teoremas e choques de sabedoria. É bom não perder de vista o que acaba de acontecer antes de acreditar no que lhe anunciam para o futuro.</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-56464407504741783452018-04-05T18:45:00.002-03:002018-04-05T20:33:10.018-03:00A verdade sobre Bolsa Família Estadão <h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-family: Georgia, serif; font-size: 22.399999618530273px;">
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 26px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 4px;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Heavy"; font-size: 26pt; font-weight: bold;">A verdade sobre o Bolsa Família</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 26px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin-bottom: 4px;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Heavy"; font-size: 26pt; font-weight: bold;">Não fosse o Bolsa Família, a clamorosa derrota do partido de Lula, que perdeu 60% das prefeituras administradas pela legenda, teria sido ainda pior</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Bold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O Estado de S.Paulo Editorial</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Bold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">05 Abril 2018 | 03h00</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Como se sabe, o programa Bolsa Família dá voto. Por exemplo, nos municípios do Nordeste em que mais da metade da população estava inscrita no programa, a derrota do PT nas eleições de 2016 foi bem menor do que no resto do País. Não fosse o Bolsa Família, a clamorosa derrota do partido de Lula, que perdeu 60% das prefeituras administradas pela legenda, teria sido ainda pior.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Os efeitos eleitorais do Bolsa Família dificultam uma análise objetiva do programa. Tornou-se impopular questionar os seus reais benefícios para a população. Presume-se que transferir dinheiro seja uma boa política pública pelo simples fato de proporcionar uma melhora de renda e de consumo para quem o recebe. A rigor, esse raciocínio nega a necessidade de ponderar sobre os resultados efetivos do programa. Assume-se que ele é bom porque dá dinheiro – e porque dá voto.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Nesse cenário, foi muito oportuno o esclarecimento do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, a respeito dos efeitos do Bolsa Família. “A existência dos programas de transferência de renda não foi suficiente para reduzir a pobreza, só a pobreza extrema, mas não reduziu o número de pobres. A pobreza no Brasil continua intacta. E não reduziu a desigualdade no Brasil nesses 14 anos de Bolsa Família”, afirmou o ministro, num recente evento sobre microcrédito para famílias beneficiárias de programas sociais.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">É de grande importância esse realismo diante dos fatos: o Bolsa Família não reduziu o número de pobres. Tal constatação, que para alguns pode soar como heresia, é simples consequência da própria natureza do programa. Ao contrário do que dizia o discurso oficial petista, o Bolsa Família nunca teve como objetivo retirar as pessoas da pobreza.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O PT nunca se preocupou com a chamada porta de saída do Bolsa Família. Os programas sociais que lhe deram origem tinham estratégias para evitar que o beneficiário recebesse indefinidamente a ajuda mensal, exigindo contrapartidas, como, por exemplo, a matrícula das crianças na escola. Na prática, o PT aboliu toda exigência de condição para o recebimento do benefício, simplesmente deixando de controlar as contrapartidas.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Esse modo de atuar do PT evidencia mais do que mero desleixo no acompanhamento do programa. Não estava nos planos da legenda que as pessoas deixassem de necessitar da transferência mensal do Estado. Quando surgiam questionamentos a respeito desse tema, fundamental para um programa social preocupado com seus beneficiários, o PT simplesmente dizia que a saída do Bolsa Família ocorreria na geração seguinte, como se o futuro, por si só, oferecesse uma solução mágica para questão tão decisiva. No entanto, nada assegurava que a renda transferida constituísse de fato uma oportunidade de mudança, de crescimento, de maior autonomia, enfim, de menor dependência do Estado.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O Bolsa Família não só não reduziu o número de pobres, como também não diminuiu a desigualdade no Brasil nos 14 anos de existência do programa social, afirmou o ministro do Desenvolvimento Social. Tem-se, assim, mais um engano do PT revelado. É uma falácia achar que, com simples transferência de renda, se produz desenvolvimento social. O que promove ascensão social é educação de qualidade, emprego com perspectiva de crescimento, investimentos que alavancam a produtividade, condições mínimas de saúde e de saneamento, etc.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Display"; font-size: 23px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Sempre, mas especialmente em ano eleitoral, é necessária a transparência a respeito dos resultados das políticas públicas. Em breve, os eleitores terão de fazer escolhas políticas, com grandes consequências para o País. Eles devem, portanto, estar em condições de avaliar o que deu certo, o que deu errado e o que pode melhorar. O diagnóstico é claro: como programa de combate à pobreza, o Bolsa Família fracassou. Dentro do necessário esforço por livrar-se das amarras do populismo, cabe, portanto, avaliar a conveniência de continuar com um programa cujo maior mérito é transferir votos.</span></div>
<div>
<span style="font-family: ".SFUIDisplay-Semibold"; font-size: 23pt; font-weight: bold;"><br /></span></div>
</h3>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-5716866508341387932017-07-05T14:44:00.001-03:002017-07-05T14:44:14.958-03:00Fwd: ARQUIVO DE ARTIGOS ETC: RUY Fabiano LULA É O CHEFE<br><br><br><br> <a href="http://arquivoetc.blogspot.com.br/2017/07/ruy-fabiano-lula-e-o-chefe.html?m=1" target="_blank">http://arquivoetc.blogspot.<wbr>com.br/2017/07/ruy-fabiano-<wbr>lula-e-o-chefe.html?m=1</a><br> <br> <br> Enviado do meu iPhone<br> <br> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-52456088988589728262017-07-05T14:31:00.002-03:002017-07-05T14:40:29.719-03:00RUY Fabiano LULA É O CHEFE<div style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 23px;">
<h4>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
O perigo do “Fora, Temer” é ofuscar o protagonismo do PT no maior processo de rapina já perpetrado ao Estado brasileiro – aliás, a qualquer Estado. A corrupção como método de governo.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
O PMDB, partido que Temer presidiu por longo tempo, e cuja parceria com o PT o levou à vice-presidência de Dilma Rousseff, praticou a corrupção clássica, que, embora obviamente criminosa, cuidava de não matar a galinha dos ovos de ouro.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
A do PT, não. Não se conformava em enriquecer os seus agentes. Queria mais: saquear o Estado para financiar um projeto revolucionário de perpetuação no poder. Daí a escala inédita, mesmo em termos planetários. Só no BNDES, o TCU examina contratos suspeitos de financiamentos, que incluem países bolivarianos e ditaduras africanas, na escala de R$ 1,3 trilhão. Nada menos.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Poucos países têm tal PIB. A Petrobras, que era uma das maiores empresas do mundo, desapareceu do ranking mundial. Deve mais do que vale. O PT banalizou o milhão – e mesmo o bilhão.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
As delações da Odebrecht e da JBS, entre outras de proporções equivalentes (Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, UTC etc.) mostram quem estava no comando: Lula e o PT. Os demais beneficiários estão sempre vários degraus abaixo. Eram parceiros – e, portanto, cúmplices -, mas sem comando.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Por essa razão, soou como piada de mau gosto – ou um escárnio à inteligência nacional – a afirmação de Joesley Batista de que Temer era o chefe da maior quadrilha do erário. A ação implacável do procurador-geral Rodrigo Janot procurou reforçar aquela afirmação, que obviamente não se sustenta.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Os irmãos Batista, no governo Lula – e graças a ele -, ascenderam da condição de donos de um frigorífico em Goiás à de proprietários da maior empresa de produção de proteína animal do mundo, com filiais em diversos países. Tudo isso em meses.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
O segredo? A abertura dos cofres do BNDES, de onde receberam algo em torno de R$ 45 bilhões. Tal como Eike Baptista, são invenções da Era PT. Temer nada tem a ver com isso, ainda que tenha sido – e está provado que foi – beneficiário do esquema.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Mas chefe jamais. Temer e o PMDB são a corrupção clássica, igualmente criminosa, mas em proporções artesanais. É grave e deve ser investigada e punida. Mas enquanto a rapina peemedebista cabe em malas, a do PT exige a criação de um banco, como a Odebrecht acabou providenciando no Panamá para melhor atendê-lo.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
É, portanto, estranho que, diante de evidências gritantes como as que Rodrigo Janot dispunha sobre Lula, não tenha se indignado na medida que o fez em relação a Temer e Aécio, cujas respectivas prisões pediu. Jamais denunciou Lula ou Dilma.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Muito pelo contrário. Até hoje não explicou porque destruiu uma delação premiada do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, que comprometia Lula. Não o sensibilizaram tampouco as delações do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que, inclusive, revelaram um esquema de financiamento de campanhas em países bolivarianos com dinheiro roubado da Petrobras.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
E o casal deixou claro a quem obedecia: Lula e Dilma, fornecendo detalhes sórdidos do esquema: entre outras aberrações, uma conta fria de e-mail pela qual Mônica trocava informações com Dilma, com o objetivo declarado de obstrução de justiça.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
E o caso do ex-ministro Aloizio Mercadante, que tentou silenciar Delcídio Amaral, que se preparava para uma delação premiada? Ofereceu-lhe dinheiro e intermediações no STF para soltá-lo. O que Janot fez com aquela fita, cuja nitidez dispensou perícias técnicas? Mercadante continuou ministro até a saída de Dilma. E o que Janot falou a respeito? Suas indignações, de fato, têm sido seletivas, dando ensejo justificado a suspeitas de engajamento.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Temer está em maus lençóis pelo que fez – e deve ser investigado. Ele, Aécio e quem mais tenha delinquido. Mas não se deve perder de vista o senso das proporções.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
Lula é o chefe.</div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
<br /></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Artigo publicado originalmente no jornal </span></em><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">O Globo</span><em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">.</span></em></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">E no Diário do Poder:</span></em></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #333333; font-family: 'Open Sans', sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin-bottom: 10px;">
<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">http://www.diariodopoder.com.br/artigos_autor.php?i=Ruy%20Fabiano</span></em></div>
</h4>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-8612832322827102822017-07-01T20:04:00.002-03:002017-07-01T20:04:39.855-03:00GUILHERME FIUZA O Gigante enfim acordouhttp://epoca.globo.com/politica/guilherme-fiuza/noticia/2017/06/o-gigante-enfim-acordou.htmlUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-70699653557457243622017-06-03T11:34:00.001-03:002017-06-03T14:46:42.790-03:00Diretas Já ...Guilherme Fiuza O Globo<div style="color: #454545; font-family: '.SF UI Display'; font-size: 23px; line-height: normal;">
<div style="font-family: '.SF UI Display'; line-height: normal;">
<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">POR </span><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Bold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">GUILHERME FIUZA, O GLOBO</span></div>
<div style="font-family: '.SF UI Display'; line-height: normal;">
<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">03/06/2017 08:05</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Bold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Guilherme Fiuza</span><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">, O Globo</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Essa sessão nostalgia da política brasileira foi uma grande sacada. O episódio das Diretas Já em Copacabana foi emocionante. Você se sente realmente no túnel do tempo, é muito bem feito.</span></div>
<div style="font-family: '.SF UI Display'; line-height: normal;">
<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Dizem que estão preparando o do comício da Central do Brasil, o da passeata contra a Guerra do Vietnã e um especial sobre o choro de Maria da Conceição Tavares no Plano Cruzado. Só épicos. Vamos aguardar.</span></div>
<div style="font-family: '.SF UI Display'; line-height: normal;">
<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O remake das Diretas foi lindo, só houve um mal-estar. Ao final do episódio — que teve o mesmo elenco das manifestações em defesa da quadrilha simpática de Dilma Rousseff — o cenário estava impecável. Isso não foi legal. Vitrines intactas, ônibus e orelhões idem. Falha elementar de produção, que precisará ser corrigida no próximo capítulo. A família revolucionária brasileira não aceitará essa afronta novamente.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Vida de black bloc não é fácil. Você passa uma existência sendo atiçado por freixos e caetanos, e na hora da festa deles não te deixam soltar um mísero rojão na cara de ninguém. Não é justo.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">E não é só isso. A parte mais bacana, que é fustigar a boçalidade da polícia para descolar umas bombas de gás e brincar de “Os dias eram assim”, também foi cortada.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">É duro ter o seu talento dramático cerceado a esse ponto, e terminar na praia dançando música de protesto. Mas um guerreiro tem que estar preparado para as provações mais duras. Caminhando e cantando e seguindo o cifrão.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O que ninguém pode negar é que, antes dessa genial sacada dramatúrgica, a vida nacional estava caminhando para o marasmo. Inflação e juros caindo, níveis de risco idem, Petrobras saindo das emocionantes páginas policiais para a entediante seção de economia, reformas sendo tocadas por aqueles nerds que fazem tudo certinho e não são candidatos a nada. Uma chatice.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Graças a Deus surgiram roteiros decentes, como a escapada espetacular dos bilionários irmãos Batista para Nova York, depois de uma conversa franca e patriótica com o companheiro Janot. A emoção está de volta.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Morreu mais um pintinho esta noite. A mensagem cheia de compaixão pode parecer linguagem cifrada, neste mundo mau. Mas é verdadeira, porque ainda existe gente com sentimentos, capaz de se importar com os animais. O mensageiro da dor, no caso, é o caseiro do sítio de Atibaia, que não é do Lula. Essas coisas o fascista Moro não vê.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">A mensagem sobre a morte no galinheiro foi enviada ao Instituto Lula — e aí as lágrimas brotam: um homem que foi presidente da República se importar com a vida de um pintinho, num sítio que nem é dele... É de cortar o coração.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Hoje sabemos que Lula não se importava só com os pintinhos. Preocupava-se muito com as vaquinhas. Foi por isso que ele mandou o BNDES — um banco até então sem a mínima sensibilidade para com os animais — ajudar na causa, depositando alguns bilhões de reais nas boiadas certas.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Não se pode confiar na Justiça terrena (como se vê pela perseguição implacável a este homem bom), mas a justiça divina não falha: mesmo após a delação demolidora de João Santana (quem se lembra disso?), Lula e Dilma estão em paz, assistindo de camarote ao bombardeio ao inimigo. Deus ajuda quem ajuda os animais</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">A falha imperdoável de produção no remake das Diretas Já em Copacabana, felizmente, não ocorreu em Brasília. Ali sim, o episódio da série foi perfeito.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Aqueles ministérios que passaram 13 anos emocionando o Brasil — num enredo eletrizante protagonizado por Erenice Guerra, José Dirceu, Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann e grande elenco — andavam às moscas. Ultimamente, viam-se servidores públicos administrando e até obtendo resultados socioeconômicos — praticamente uma morte em vida.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Aí os revolucionários do povo perderam a paciência que tiveram nesses 13 anos dourados e cercaram a Esplanada. A direção de cena dessa vez foi impecável: os gladiadores da democracia tomaram uma dose redobrada da porção de mortadela e quebraram tudo. Foi bonito de se ver.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O Verissimo até falou que o Exército na rua lembrou a vida em 64! Viram como não é difícil produzir direito?</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Dizem que no sensacional episódio “Brasília em chamas” a técnica de produção foi toda venezuelana. É possível, sabendo-se que a junta democrática que está tentando tomar o poder na mão grande (mas sem perder a ternura) inclui simpatizantes de Nicolás Maduro, conhecido como Senhor Diretas (no queixo).</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Aliás, se no próximo episódio o pessoal substituir a MPB pela guarda chavista, as Diretas Já passam na hora — não precisa nem de voto.</span></div>
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">O Brasil está mudando para melhor. Na época da Dilma era um drama para o Supremo autorizar investigação dos mandatários — mesmo com as obras completas da Lava-Jato transbordando sobre as divinas togas. A denúncia já vinha amortecida, ficava lá estacionada na sombra, e o Brasil ainda tinha que ouvir o despachante Cardozo chorando inocência. Agora, não: Janot mandou, Fachin homologou. Primeiro mundo.</span></div>
<br />
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<span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold'; font-size: 23pt; font-weight: bold;">Vai nessa, Brasil. Sem medo de ser feliz. Mas anda logo, que agora o país saiu da recessão (volta, Dilma!) e daqui a pouco vai ficar mais difícil ganhar no grito.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-68828255036933540122017-06-01T12:21:00.001-03:002017-06-01T12:21:34.518-03:00Demetrio Magnóli O Globo<p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Janot, os meios e os fins</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">OGlobo 1/6/17</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Os fins justificam os meios, segundo Rodrigo Janot. Em artigo publicado no UOL, o procurador-geral da República sustenta que seu acordo de delação premiada com Joesley e Wesley Batista, um salvo-conduto judicial absoluto, serve aos "interesses do país". Ele critica os críticos do acordo, que teriam "deturpado" o "foco do debate". O "ponto secundário" seriam "os benefícios concedidos aos colaboradores". A "questão central", porém, seria "o estado de putrefação de nosso sistema de representação política". Ficamos sabendo, então, que o PGR mobiliza meios jurídicos (o acordo de delação) para alcançar fins políticos (expor a ruína do sistema de representação). É uma confissão espontânea de desvio de finalidade e abuso de autoridade.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">De fato, nosso sistema político é um material em estado de decomposição. Mas essa é uma interpretação do analista político — ou seja, de alguém que não detém as prerrogativas oficiais de investigar e demandar punições. Janot, o PGR, não tem o direito de agir segundo a bússola de uma análise política. E, contudo, a política condicionou cada passo da operação que culminou com a oferta das denúncias contra Michel Temer e Aécio Neves ao STF.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">No artigo, Janot oferece, como justificativa para o acordo com os Batista, a sua "certeza de que o sistema de justiça criminal jamais chegaria a todos esses fatos pelos caminhos convencionais de investigação". Se plausível, a alegação equivaleria a um atestado de incompetência da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP). Mas ela não passa de um álibi montado pelo PGR para ocultar suas motivações. A PF e o MP evidenciaram sua competência no caso da Odebrecht: a delação da quadrilha só veio após um ano de cínicas declarações de inocência, forçada pelo peso de provas colhidas através dos "caminhos convencionais de investigação". Agora, depois de tudo, Janot pretende convencer-nos de que a punição dos corruptos depende, exclusivamente, da iniciativa de criminosos em busca de perdão judicial?</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">São muitas as indagações sobre os "caminhos de investigação" adotados pelo PGR no caso da JBS:</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">1) Será verdadeira a narrativa oficial de que os Batista só encetaram tratativas com o MP depois de obtida a gravação da conversa com Temer?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">2) Nessa narrativa, como se encaixa a notícia de que um procurador e um policial federal ministraram "aulas de delação premiada" ao advogado de Joesley antes da célebre gravação?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">3) Por que o áudio do cândido diálogo não foi submetido a perícia policial antes da oferta de denúncia ao STF?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">4) Quem vazou à imprensa uma síntese do áudio que estava de posse do PGR e não fora enviado para perícia à PF?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">5) Por que essa síntese estabelecia uma cumplicidade explícita, que é apenas intuída do próprio áudio, de Temer com o suposto pagamento de uma "taxa de silêncio" a Eduardo Cunha?</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A definição dos "interesses do país" só é unívoca em regimes totalitários. Lula pensa que o interesse supremo é tê-lo como presidente. Sindicalistas acham que é perpetuar o imposto sindical. Muitos empresários acreditam que é conservar a torrente de financiamentos subsidiados do BNDES. Mas as autoridades são obrigadas a descrevê-lo de acordo com suas competências constitucionais. O PGR não tem o direito de atropelar as regras legais de uma investigação em nome de um "bem maior" de natureza política. Mas, aparentemente, foi o que fez Janot, associando-se com os Batista para "pegar" Temer e Aécio.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Línguas ferinas insinuam que, na visão do PGR, os "interesses do país" envolvem o bloqueio de uma reforma previdenciária capaz de suprimir privilégios de sua corporação. Uma tese mais benevolente reza que o PGR operou por meios heterodoxos para preservar a Lava-Jato, seu "bem maior", desvendando uma conspiração armada no núcleo do poder por Temer e Aécio. Mesmo nessa segunda hipótese, o fim não justifica os meios.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A Lava-Jato ganhou a admiração da maioria dos cidadãos porque, ao contrário de tantas investigações anteriores, segue os meios legais para assegurar sua própria eficácia judicial. Os jovens procuradores empregam, amiúde, retórica missionária —mas são contidos por Sergio Moro. Moro excede-se, às vezes — mas é contido nas instâncias superiores. O ponto fora da curva é a operação Janot-JBS, deflagrada por um acordo espúrio que fere a credibilidade pública da Lava-Jato.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Roberto Barroso, ministro do STF, comprou a justificativa de Janot para arguir a irreversibilidade do acordo com os Batista — e, nesse passo, defender a homologação apressada de seu colega Edson Fachin. O argumento é que uma revisão desmoralizaria o instituto da delação premiada, afugentando potenciais delatores. Contudo, de fato, as concessões escandalosas a Joesley e Wesley só servem para inflacionar a expectativa de impunidade de bandidos de alto coturno, indicando-lhes que o crime compensa.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A lei de delação proíbe a oferta de imunidade judicial completa aos chefes de organização criminosa, como os Batista. O STF tem o dever de cumpri-la, ignorando a cisão janotiana entre meios e fins.Janot, os meios e os fins</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">2017-06-01 00:00:00.0</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Os fins justificam os meios, segundo Rodrigo Janot. Em artigo publicado no UOL, o procurador-geral da República sustenta que seu acordo de delação premiada com Joesley e Wesley Batista, um salvo-conduto judicial absoluto, serve aos "interesses do país". Ele critica os críticos do acordo, que teriam "deturpado" o "foco do debate". O "ponto secundário" seriam "os benefícios concedidos aos colaboradores". A "questão central", porém, seria "o estado de putrefação de nosso sistema de representação política". Ficamos sabendo, então, que o PGR mobiliza meios jurídicos (o acordo de delação) para alcançar fins políticos (expor a ruína do sistema de representação). É uma confissão espontânea de desvio de finalidade e abuso de autoridade.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">De fato, nosso sistema político é um material em estado de decomposição. Mas essa é uma interpretação do analista político — ou seja, de alguém que não detém as prerrogativas oficiais de investigar e demandar punições. Janot, o PGR, não tem o direito de agir segundo a bússola de uma análise política. E, contudo, a política condicionou cada passo da operação que culminou com a oferta das denúncias contra Michel Temer e Aécio Neves ao STF.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">No artigo, Janot oferece, como justificativa para o acordo com os Batista, a sua "certeza de que o sistema de justiça criminal jamais chegaria a todos esses fatos pelos caminhos convencionais de investigação". Se plausível, a alegação equivaleria a um atestado de incompetência da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP). Mas ela não passa de um álibi montado pelo PGR para ocultar suas motivações. A PF e o MP evidenciaram sua competência no caso da Odebrecht: a delação da quadrilha só veio após um ano de cínicas declarações de inocência, forçada pelo peso de provas colhidas através dos "caminhos convencionais de investigação". Agora, depois de tudo, Janot pretende convencer-nos de que a punição dos corruptos depende, exclusivamente, da iniciativa de criminosos em busca de perdão judicial?</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">São muitas as indagações sobre os "caminhos de investigação" adotados pelo PGR no caso da JBS:</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">1) Será verdadeira a narrativa oficial de que os Batista só encetaram tratativas com o MP depois de obtida a gravação da conversa com Temer?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">2) Nessa narrativa, como se encaixa a notícia de que um procurador e um policial federal ministraram "aulas de delação premiada" ao advogado de Joesley antes da célebre gravação?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">3) Por que o áudio do cândido diálogo não foi submetido a perícia policial antes da oferta de denúncia ao STF?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">4) Quem vazou à imprensa uma síntese do áudio que estava de posse do PGR e não fora enviado para perícia à PF?;</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">5) Por que essa síntese estabelecia uma cumplicidade explícita, que é apenas intuída do próprio áudio, de Temer com o suposto pagamento de uma "taxa de silêncio" a Eduardo Cunha?</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A definição dos "interesses do país" só é unívoca em regimes totalitários. Lula pensa que o interesse supremo é tê-lo como presidente. Sindicalistas acham que é perpetuar o imposto sindical. Muitos empresários acreditam que é conservar a torrente de financiamentos subsidiados do BNDES. Mas as autoridades são obrigadas a descrevê-lo de acordo com suas competências constitucionais. O PGR não tem o direito de atropelar as regras legais de uma investigação em nome de um "bem maior" de natureza política. Mas, aparentemente, foi o que fez Janot, associando-se com os Batista para "pegar" Temer e Aécio.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Línguas ferinas insinuam que, na visão do PGR, os "interesses do país" envolvem o bloqueio de uma reforma previdenciária capaz de suprimir privilégios de sua corporação. Uma tese mais benevolente reza que o PGR operou por meios heterodoxos para preservar a Lava-Jato, seu "bem maior", desvendando uma conspiração armada no núcleo do poder por Temer e Aécio. Mesmo nessa segunda hipótese, o fim não justifica os meios.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A Lava-Jato ganhou a admiração da maioria dos cidadãos porque, ao contrário de tantas investigações anteriores, segue os meios legais para assegurar sua própria eficácia judicial. Os jovens procuradores empregam, amiúde, retórica missionária —mas são contidos por Sergio Moro. Moro excede-se, às vezes — mas é contido nas instâncias superiores. O ponto fora da curva é a operação Janot-JBS, deflagrada por um acordo espúrio que fere a credibilidade pública da Lava-Jato.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">Roberto Barroso, ministro do STF, comprou a justificativa de Janot para arguir a irreversibilidade do acordo com os Batista — e, nesse passo, defender a homologação apressada de seu colega Edson Fachin. O argumento é que uma revisão desmoralizaria o instituto da delação premiada, afugentando potenciais delatores. Contudo, de fato, as concessões escandalosas a Joesley e Wesley só servem para inflacionar a expectativa de impunidade de bandidos de alto coturno, indicando-lhes que o crime compensa.</span></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69);min-height:27.4px"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt"></span><br></p> <p style="margin:0px;font-size:23px;line-height:normal;font-family:'.SF UI Display';color:rgb(69,69,69)"><span style="font-family:'.SFUIDisplay-Semibold';font-weight:bold;font-size:23pt">A lei de delação proíbe a oferta de imunidade judicial completa aos chefes de organização criminosa, como os Batista. O STF tem o dever de cumpri-la, ignorando a cisão janotiana entre meios e fins.</span></p> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-71247961607723054402017-04-29T15:05:00.001-03:002017-04-29T15:07:10.305-03:00Greve compulsória Editorial Estadão<div class="row" style="box-sizing: border-box; color: rgb(93 , 93 , 93); display: flex; font-family: "latoregular"; font-size: 16px;">
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<section class="container topo-full" style="margin: 0px auto; padding-left: 16px; padding-right: 16px;"><div class="row reverse" style="box-sizing: border-box; display: flex;">
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<section class="col-md-12 col-sm-12 col-xs-12" style="box-sizing: border-box; max-width: 100%; padding-left: 20px; padding-right: 20px; width: 373px;"><div class="box" style="display: inline-block; margin-top: 20px; width: 333px;">
<h2 class="titulo-principal" style="color: rgb(0 , 0 , 0); float: left; font-family: "estadoheadlinebold"; font-size: 32px; font-weight: normal; line-height: 38px; margin: 20px auto 0px; padding: 0px; width: 333px;">
Greve compulsória</h2>
<div class="linha-fina" style="color: inherit; display: inline-block; font-family: "latobold"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 20px auto 0px; max-width: 655px; padding: 0px; width: 333px;">
A título de defender os direitos desses mesmos trabalhadores, os sindicalistas cassaram-lhes o elementar direito de trabalhar, por meio da paralisação dos transportes coletivos</div>
<div class="box infos" style="display: inline-block; margin-top: 20px; padding-top: 5px; width: 333px;">
<div class="autor" style="color: inherit; font-family: "latobolditalic"; line-height: normal; margin: 8px 0px; padding: 0px;">
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<div class="data" style="color: rgb(128 , 128 , 128); font-size: 12px; line-height: 16px; margin: 8px 0px; padding: 0px;">
29 Abril 2017 | 03h05</div>
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<div class="row" style="box-sizing: border-box; color: rgb(93 , 93 , 93); display: flex; font-family: "latoregular"; font-size: 16px;">
<div class="pw-container margin-artigo" id="pw-P_1.1757002" style="width: 365px;">
<div class="pw-container" id="sw-P_1.1757002" style="width: 365px;">
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<section class="col-md-8 col-sm-12 col-xs-12 main-news noticia_pad" style="box-sizing: border-box; max-width: 100%; padding-left: 20px; padding-right: 20px; width: 405px;"><div class="row" style="box-sizing: border-box; display: flex;">
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<section class="col-lg-8 col-md-12 col-sm-12 col-xs-12 col-center corpo-noticias" style="box-sizing: border-box; max-width: 100%; padding-left: 20.25px; padding-right: 20.25px; width: 405px;"><div class="box open" style="display: inline-block; height: auto; margin-bottom: 20px; margin-top: 20px; width: 364.5px;">
<div class="content">
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Como era previsível, milhões de trabalhadores tiveram de aderir compulsoriamente à tal "greve geral" convocada pelas centrais sindicais para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária. A título de defender os direitos desses mesmos trabalhadores, os sindicalistas cassaram-lhes o elementar direito de trabalhar, por meio da paralisação dos transportes coletivos. E aqueles que tentaram chegar ao trabalho de outras maneiras foram igualmente impedidos ou tiveram imensa dificuldade graças ao bloqueio criminoso de ruas, avenidas e estradas realizado por "movimentos sociais" que se comportam como bandos de delinquentes. Quando e onde nenhuma dessas táticas funcionou, os sindicalistas partiram para a pancadaria pura e simples. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Os acontecimentos de ontem serviram para mostrar que, embora haja uma insatisfação generalizada com o atual governo, a representatividade dos organizadores da balbúrdia travestida de "greve geral" é pífia. A maioria dos brasileiros tem manifestado, nas pesquisas de opinião, seu desagrado com as reformas – naturalmente impopulares –, mas deixou claro ontem que não compactua com a violência nem com a exploração mesquinha de sua insatisfação por parte de grupelhos político-sindicais. Com seus principais líderes acuados por inúmeras denúncias de corrupção e depois de terem provocado a maior crise econômica da história brasileira quando estiveram no governo, deixando mais de 14 milhões de desempregados, esses tipos sabem que, no voto, não têm mais como ganhar – então partem para o grito. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Não faltaram imagens e situações para simbolizar essa disposição truculenta da tigrada. Em São Paulo, pequenos grupos de baderneiros queimaram pneus para interromper o trânsito em diversos pontos, impedindo a livre circulação de quem queria chegar ao trabalho. A mesma tática foi usada em várias outras capitais. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
No caso de São Paulo, a polícia foi rápida e interveio para liberar a passagem, prendendo vários desses vândalos. No entanto, como eles não desistem, havia a perspectiva de mais violência até o final do dia de ontem, em manifestações cujo único propósito era tumultuar ainda mais a vida dos paulistanos. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Em muitas cidades, sindicalistas, como verdadeiros mafiosos, obrigaram comerciantes a fechar as portas e agrediram quem ousasse desafiá-los. Houve pancadaria dentro do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro, protagonizada por integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) devidamente uniformizados, assustando os passageiros que apenas queriam embarcar para cumprir seus compromissos. Também no Rio, decerto contrariados com o fato de que o transporte não parou, os sindicalistas depredaram ônibus. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Tudo isso indica claramente o fracasso de um movimento de espertalhões que pretendia sequestrar o descontentamento da população para utilizá-lo como arma contra o governo que tenta consertar o estrago legado pelo PT. Nada disso significa, é claro, que eles vão desistir e se resignar. Ao contrário: continuarão a agredir a verdade dos fatos e a tentar confundir a opinião pública para se apresentarem como solução dos problemas que eles mesmos criaram. </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Por isso, não surpreende que o principal chamamento para a tal "greve geral" tenha partido do próprio PT, que para tanto fez uso até do horário eleitoral a que tem direito na TV, pago com dinheiro do contribuinte. E por isso não surpreende que o chefão petista, Lula da Silva, tenha aproveitado o ensejo de uma greve que ele considerou um "sucesso total" para anunciar-se candidato a presidente: "Hoje eu posso dizer com certeza: quero ser candidato a presidente outra vez. Vou pedir ao povo brasileiro a licença para votar em mim". </div>
<div style="color: rgb(0 , 0 , 0); font-family: "georgia"; font-size: 20px; line-height: 28px; margin: 8px 20px; padding: 0px;">
Lula e PT apelam descaradamente ao embuste, transformando em "grevistas" os cidadãos impedidos de trabalhar pelo gangsterismo sindical, porque sabem que não lhes restam muitas alternativas – num cenário em que o outrora poderoso partido luta para não se transformar em nanico nas próximas eleições e em que o demiurgo petista tem mais chance de ir para a cadeia do que para o Palácio do Planalto.</div>
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Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-37797082029659392182017-03-30T14:14:00.001-03:002017-03-30T14:14:43.586-03:00Carlos Alberto Sardenberg Reestatizar o Estado, privatizar a empresa privada<div><base href="http://www.sardenberg.com.br/artigos/11-politica-economica/11449-reestatizar-o-estado,-privatizar-a-empresa-privada.html"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Reestatizar o Estado, privatizar a empresa privada</title><div class="original-url"><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">Reestatizar o Estado, privatizar a empresa privada</h1><div class="metadata" style="text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; margin-top: -0.85em; margin-bottom: 1.45em; max-width: 100%;"><dd itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person" title="" data-original-title="Escrito por " class="byline" style="display: inline-block; margin: 0px; font-size: 1em !important; font-weight: normal !important; font-style: normal !important; max-width: 100%;"> <span itemprop="name" style="display: inline; margin: 0px; font-size: 1em !important; font-weight: normal !important; font-style: normal !important; max-width: 100%;">Carlos Alberto Sardenberg o Globo</span></dd><span class="delimeter" style="display: inline; margin: 0px 0.45em; font-size: 1em !important; font-weight: normal !important; font-style: normal !important; max-width: 100%; padding: 0px;">•</span><time datetime="2017-03-30T04:08:19+00:00" itemprop="datePublished" class="date" style="display: inline-block; margin: 0px; font-size: 1em !important; font-weight: normal !important; font-style: normal !important; max-width: 100%;"> 30 de Março de 2017 </time></div> <p style="max-width: 100%;"> As empresas privadas, em grande número, mas grande mesmo, só funcionam com benesses do governo</p> <p style="max-width: 100%;">Além das reformas em andamento, ou ao lado delas, é preciso aplicar duas políticas de âmbito nacional: uma é reestatizar o Estado, outra, seu reverso, privatizar a empresa privada.</p> <p style="max-width: 100%;">O jornalista Rolf Kuntz, do "Estadão", chamou a atenção para a primeira delas em coluna no último dia 26. Está na rede, mas eis dois exemplos contrários ali citados. A Petrobras, com Pedro Parente, foi reestatizada depois do assalto privado e partidário das gestões petistas. Já os órgãos de controle sanitário do Ministério da Agricultura, apanhados na Carne Fraca, estavam obviamente privatizados. Por aí o leitor tem uma boa ideia do que se está falando.</p> <p style="max-width: 100%;">O reverso da história é a privatização da empresa privada brasileira ou, se quiserem, a privatização do capitalismo.</p> <p style="max-width: 100%;">Considerem a Vale, privatizada em maio de 1997. Nesta semana, foi indicado o seu novo presidente, Fabio Schvartsman, um executivo do primeiro time no setor privado. Sinal claro de aprovação geral: as ações da Vale subiram.</p> <p style="max-width: 100%;">Mas houve envolvimento político, outra vez. Ocorre que o governo federal está no bloco de controle da Vale, por meio do Banco do Brasil e de fundos de pensão de estatais, junto com o Bradesco. Claro que, do ponto de vista formal, nada ocorre sem o entendimento dos parceiros, o público e o privado. Mas o peso do governo vai além do número de ações que possui.</p> <p style="max-width: 100%;">Vai daí que, na escolha do novo diretor-executivo da Vale, o presidente Temer conversou com o senador Aécio Neves. Outro detalhe: a empresa de mineração, embora tenha negócios no Brasil e no mundo, é mineira de coração, digamos assim. Daí, neste governo, a participação de Aécio. Ao mesmo tempo, bancadas de partidos políticos e candidatos ao posto buscavam apoios e lobbies em Brasília. Mas nessa turma, ninguém emplacou ninguém.</p> <p style="max-width: 100%;">De sua parte, Aécio foi conversar com Arminio Fraga, uma unanimidade positiva nos meios econômicos, que topou participar do processo desde que fosse para, de fato, privatizar a Vale. Não falou com essas palavras, mas o sentido era esse: entraria na história se fosse para indicar um nome de mercado, para impor na Vale uma gestão independente.</p> <p style="max-width: 100%;">Tendo essa garantia, indicou o nome de Fabio Schvartsman, que havia feito ótimo trabalho na Klabin. E Aécio o levou até o presidente Temer.</p> <p style="max-width: 100%;">De outro lado, a Vale havia contratado a empresa Spencer Stuart para selecionar seu novo presidente. E Schvartsman foi indicado pelo head hunter.</p> <p style="max-width: 100%;">Se foi colocado na lista por Aécio e Temer ou se a empresa chegou a seu nome paralelamente, e por coincidência, não importa mais. O fato é que resultou uma indicação técnica, com respaldo político.</p> <p style="max-width: 100%;">Diz o senador Aécio Neves: "Ter aval político não desmerece Schvartsman". De fato.</p> <p style="max-width: 100%;">Mas é fato também que os dois últimos presidentes da Vale, Roger Agnelli e Murilo Ferreira, caíram quando perderam o apoio do governo federal. Agnelli, por exemplo, foi atacado por Lula por dirigir a companhia como se ela fosse... privada e independente.</p> <p style="max-width: 100%;">Digamos que Lula volte em 2018. Ou alguém de seu lado. Schvartsman e Pedro Parente seriam derrubados? Poderia acontecer, não é mesmo? Mais, seria provável.</p> <p style="max-width: 100%;">O que demonstra o ponto inicial: nem o Estado está estatizado, nem o privado, privatizado. Hoje, a boa ou má gestão das estatais depende da qualidade da escolha do governo de plantão. E as empresas privadas, em grande número, mas grande mesmo, só funcionam com benesses do governo.</p> <p style="max-width: 100%;">Nesta semana, por exemplo, empresários de peso foram a Temer reclamar da presidente do BNDES, Maria Silvia Marques, que, como Parente, é executiva de reconhecida competência. Ela estaria segurando crédito — crédito que o governo anterior distribuiu tão ampla quanto irresponsavelmente.</p> <p style="max-width: 100%;">Pois é, em vez de apresentar balanços e projetos saudáveis, foram reclamar com o presidente da República.</p> <p style="max-width: 100%;">Os controladores da Vale, incluído o governo, colocaram em marcha um processo para torná-la uma companhia pública, com ações pulverizadas e, portanto, sem dono definido. É boa medida.</p> <p style="max-width: 100%;">Assim como seriam boas medidas que garantissem escolhas técnicas e profissionais para cargos que exigem isso no governo e nas estatais. Fiscal sanitário não pode ser indicação política, nem diretor de escola ou presidente da Petrobras.</p> <p style="max-width: 100%;">Argumenta-se: o partido que ganha a eleição tem que dispor dos instrumentos para aplicar a sua proposta política. E existe boa política.</p> <p style="max-width: 100%;">Tudo verdade. Mas o vencedor não precisa nomear mais de cem mil correligionários pelo país afora. Nem pode colocar o governo a serviço do partido e de determinadas empresas.</p> <p style="max-width: 100%;">São urgentes mecanismos institucionais que garantam um Estado público e um capitalismo privado.</p> <p style="max-width: 100%;">Carlos Alberto Sardenberg é jornalista</p> </div></div></div><div><br><br>Enviado do meu iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-11657957249751422152017-03-26T14:12:00.001-03:002017-03-26T14:12:38.651-03:00À luz da História | Merval Pereira - O Globo<div><base href="https://blogs-oglobo-globo-com.cdn.ampproject.org/v/blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/amp/luz-da-historia.html?amp_js_v=9#origin=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br&exp=a4a%3A0&channelid=0&cid=1&dialog=0&prerenderSize=1&visibilityState=prerender&paddingTop=54&history=1&p2r=0&horizontalScrolling=0&csi=0&storage=1&viewerUrl=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2Famp%2Fblogs.oglobo.globo.com%2Fmerval-pereira%2Fpost%2Famp%2Fluz-da-historia.html&cap=swipe"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>À luz da História | Merval Pereira - O Globo</title><div class="original-url"><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">À luz da História | Merval Pereira - O Globo</h1><div class="metadata" style="text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; margin-top: -0.85em; margin-bottom: 1.45em; max-width: 100%;"><time datetime="26/03/2017 08:00" class="date" style="font-weight: normal !important; display: inline-block; margin: 0px; font-size: 1em !important; font-style: normal !important; max-width: 100%;">26/03/2017 08:00</time></div> <h2 style="font-weight: bold; font-size: 1.125em; max-width: 100%;">À luz da História</h2> <div class="meta" style="max-width: 100%;"> <p class="author" style="max-width: 100%;">por <span style="max-width: 100%;">Merval Pereira</span></p> <time datetime="26/03/2017 08:00" style="max-width: 100%;">26/03/2017 08:00</time> </div> <p style="max-width: 100%;">A Operação Lava Jato, que completou 3 anos, "é uma promessa de ruptura", analisa o cientista político Octavio Amorim Neto, professor da EBAPE/FGV do Rio, em trabalho publicado no mais recente boletim macro da Fundação Getulio Vargas, sob o título "A Lava Jato sob a luz da História".<br style="max-width: 100%;">Ele destaca que "conciliação e a ruptura radical são padrões de mudança característicos da política brasileira". A história nacional, segundo Oliveira Vianna, pode ser tanto um "museu de elites" como um cemitério destas, lembra Octávio Amorim Neto, o primeiro padrão associado a mais estabilidade e menos violência do que o segundo, porém, "ao preço de maior conservantismo".<br style="max-width: 100%;">Para ele, a Operação Lava Jato, "a mais abrangente investigação de corrupção jamais vista no país, e que já levou à cadeia membros das elites política e empresarial – algo sem precedente no Brasil – é uma promessa de ruptura".<br style="max-width: 100%;">Se todos os grandes partidos – isto é, PMDB, PT e PSDB – se virem duramente alvejados e forem decisivamente derrotados na eleição presidencial e nos pleitos parlamentares de 2018, e se houver uma renovação de mais de 3/4 do Congresso, "estaremos diante de um novo cemitério, o fim da classe política que assumiu o poder em 1985".<br style="max-width: 100%;">Na verdade, muito do que se deseja da Lava-Jato deve ser ponderado, analisa Octavio Amorim Neto, por uma avaliação realista do(s) sentido(s) da história política brasileira. O primeiro fato fundamental a ser registrado é "a ausência de mudanças genuinamente revolucionárias em nossa história".<br style="max-width: 100%;">O Brasil, lembra o cientista político da FGV Rio, jamais experimentou qualquer processo semelhante às grandes revoluções do mundo moderno e, "para nos cingirmos à nuestra América Latina, nunca tivemos nada semelhante à Revolução Mexicana de 1910".<br style="max-width: 100%;">Ele dá vários exemplos de mudanças causadas por rupturas ou por conciliação na História do país, a partir da independência nacional em 1822, que ele vê como "fruto muito mais de duras negociações com Portugal e a Grã-Bretanha do que de um verdadeiro levante nacional contra o jugo colonial lusitano". Na metade do século XIX, o experimento político que viria a estabilizar o regime imperial foi precisamente chamado de "Gabinete de Conciliação" (1853-1856), chefiado pelo Marquês do Paraná.<br style="max-width: 100%;">O fim da monarquia e a implantação da república, todavia, foram uma ruptura, fruto de um golpe de Estado que engendrou uma década de tempestades políticas e econômicas. A Revolução de 1930 foi outra ruptura que levaria a grandes transformações, mas ao preço de uma guerra civil (a chamada Revolução Constitucionalista de 1932) e do fim das liberdades políticas a partir do estabelecimento do Estado Novo em 1937.<br style="max-width: 100%;">Em 1945, o Estado Novo caiu pelas artes de um golpe militar sem sangue, que resultou na nossa primeira experiência democrática, o regime da Carta de 1946, sob o qual os insiders da Era Vargas – os interventores estaduais, o sindicalismo e as Forças Armadas – continuaram a ser integrantes fundamentais da classe política.<br style="max-width: 100%;">O regime militar iniciado em 1964 foi outra ruptura radical, uma vez que significou o rompimento do modo tradicional de intervenção "meramente" saneadora das Forças Armadas na política nacional. A classe política civil que se organizara na segunda metade da década de 1940 em torno de PSD, UDN e PTB foi alijada do centro do poder nacional. Mais uma vez, uma década de violência seguiu-se à fundação da nova ordem política.<br style="max-width: 100%;">Contudo, a transição do regime militar para a democracia instaurada em 1985 foi feita de forma "lenta, gradual e segura". Aqui a conciliação prevaleceu, sendo uma das principais bandeiras da candidatura presidencial vitoriosa de Tancredo Neves em 1984.<br style="max-width: 100%;">Sob a primeira administração da Nova República, liderada por José Sarney, as Forças Armadas mantiveram ampla autonomia e várias prerrogativas. E desde então, aqueles que haviam sido os sócios civis dos militares – organizados sob diversas siglas como ARENA, PSD, PFL e PP – têm tido um lugar não desprezível nas coalizões governativas.<br style="max-width: 100%;">O cientista político lembra que "amplos setores da opinião pública querem a ruptura que promete a Lava-Jato", mas adverte que "a realidade poderá ser consideravelmente diferente".<br style="max-width: 100%;">Uma ruptura "poderá ser o alvorecer de um novo regime e de um novo modo de fazer política". Mas a morte da atual classe política e do sistema partidário por ela organizado "poderá ser a antessala de uma década de grande instabilidade, a qual receberá muita ajuda de Trump, Brexit et caterva".<br style="max-width: 100%;"> Octavio Amorim Neto destaca que "essa transição pacífica e conciliatória está na raiz do mais longevo regime democrático que jamais teve o país, que completou 32 anos no dia 15 de março do ano corrente".<br style="max-width: 100%;"> <br style="max-width: 100%;"><br style="max-width: 100%;"></p> <div class="share" style="max-width: 100%;"> <strong style="max-width: 100%;">Compartilhe</strong> <ul style="max-width: 100%;"> <li class="facebook" style="max-width: 100%;"> <a href="http://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=http://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/luz-da-historia.html%3Futm_source%3DFacebook%26utm_medium%3DSocial%26utm_campaign%3Dcompartilhar" target="_top" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;"><i 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iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-22386974041670420922017-03-20T21:03:00.001-03:002017-03-20T21:03:08.771-03:00Artigos 20/3/17<a class="toggle" style="color:inherit;font-family:Arial,sans-serif;font-size:12.880000114440918px"><span class="zippy toggle-open" style="color:rgb(119,119,119);line-height:0.6em"> </span></a><span style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px;background-color:rgb(192,161,84)"></span><a class="post-count-link" href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017_03_20_archive.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px">mar 20 </a><span style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px;background-color:rgb(192,161,84)"></span><span class="post-count" dir="ltr" style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px">(27)</span><span style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px;background-color:rgb(192,161,84)"></span><ul class="posts" style="padding:0px;margin:0px;line-height:1.2;list-style:none none;border-width:0px;color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px"><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:none;border-width:0px;list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/opiniao-do-dia-luiz-sergio-henriques.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Opinião do dia – Luiz Sérgio Henriques</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/jurisprudencia-no-tse-da-aval-voto-para.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Jurisprudência no TSE dá aval a voto para cassar c...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/lista-fechada-seria-definida-por.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Lista fechada seria definida por políticos na mira...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/reforma-eleitoral-do-congresso-e.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Reforma eleitoral do Congresso é impopular</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/ato-sobre-transposicao-vira-comicio-de.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Ato sobre transposição vira comício de Lula</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/roteiro-de-eventos-de-bolsonaro-tem.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Roteiro de eventos de Bolsonaro tem empresários e ...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/social-democratas-contra-merkel.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Social-democratas contra Merkel</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/camara-dos-deputados-fara-sessao-em.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Câmara dos Deputados fará sessão em homenagem aos ...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/que-nao-haja-ilusoes-aecio-neves.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">A conta do desemprego | Aécio Neves</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/depende-de-nos-ricardo-noblat.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Depende de nós | Ricardo Noblat</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/reforma-politica-mal-passada-jose.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Reforma política mal passada | José Roberto de Tol...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/fabulas-brasileiras-dora-kramer.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Fábulas brasileiras | Dora Kramer</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/redes-sociais-e-democracia-marcus.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Redes sociais e democracia | Marcus Pestana</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/juizes-e-promotores-vendem-ilusoes-na.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Ilusões togadas | Vinicius Mota</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/a-face-oculta-denis-lerrer-rosenfield.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">A face oculta | Denis Lerrer Rosenfield</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/a-reforma-eleitoral-e-as-duas-listas.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">A reforma eleitoral e as duas listas | Fernando Li...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/as-eleicoes-e-o-juizo-final-leandro.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">As eleições e o juízo final | Leandro Colon</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/outsiders-em-2018-paulo-guedes.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">"Outsiders" em 2018 | Paulo Guedes</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/o-1-caged-positivo-nao-se-esquece-luiz.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O 1º Caged positivo não se esquece | Luiz Carlos M...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/negociar-ou-desfigurar-cida-damasco.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Negociar ou desfigurar? | Cida Damasco</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/boas-e-mas-noticias-poem-temer-no-fogo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Boas e más notícias põem Temer no fogo | Angela Bi...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/casuismo-reformista-editorial-folha-de.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Casuísmo reformista – Editorial | Folha de S. Paul...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/a-lista-de-janot-reforma-da-previdencia.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">A lista de Janot, a reforma da Previdência e o Cag...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/os-inimigos-da-reforma-da-previdencia.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Os inimigos da reforma da Previdência – Editorial ...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/nao-insistir-no-erro-editorial-o-globo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Não insistir no erro – Editorial | O Globo</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/autopsicografia-fernando-pessoa.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Autopsicografia | Fernando Pessoa</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/03/cariocas-adriana-calcanhoto.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Cariocas - Adriana Calcanhoto</a></li></ul> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-46003791720933525502017-03-01T14:12:00.000-03:002017-03-01T14:13:21.110-03:00Descobrindo a velhice zuenir ventira<div><base href="https://noblat-oglobo-globo-com.cdn.ampproject.org/v/noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/amp/descobrindo-velhice.html?amp_js_v=7#origin=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br&exp=a4a%3A0&channelid=0&cid=1&dialog=0&prerenderSize=1&visibilityState=prerender&paddingTop=54&history=1&p2r=0&horizontalScrolling=0&csi=1&storage=1&viewerUrl=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2Famp%2Fnoblat.oglobo.globo.com%2Fgeral%2Fnoticia%2F2017%2F03%2Famp%2Fdescobrindo-velhice.html"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Descobrindo a velhice</title><div class="original-url"><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">Descobrindo a velhice</h1><div class="metadata" style="text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; margin-top: -0.85em; margin-bottom: 1.45em; max-width: 100%;"><time datetime="01/03/2017 09:05" class="date" style="font-weight: normal !important; display: inline-block; margin: 0px; font-size: 1em !important; font-style: normal !important; max-width: 100%;">01/03/2017 09:05</time></div> <p style="max-width: 100%;">geral</p> <h2 style="font-weight: bold; font-size: 1.125em; max-width: 100%;">Descobrindo a velhice</h2> <div class="meta" style="max-width: 100%;"> <p class="author" style="max-width: 100%;">por <span style="max-width: 100%;">Zuenir Ventura, O Globo</span></p> <time datetime="01/03/2017 09:05" style="max-width: 100%;">01/03/2017 09:05</time> </div> <p style="max-width: 100%;"> <strong style="max-width: 100%;">Zuenir Ventura</strong>, O Globo</p> <p style="max-width: 100%;"> Como não brinco o carnaval, brinquei de registrar alguns sinais que o passar do tempo, cada vez mais rápido, deixa na gente. São flagrantes da série sobre a descoberta da velhice. Ei-los:</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você descobre que está ficando velho quando já é há muito tempo e acha que "está ficando".</p><div class="retangulo" style="max-width: 100%;"><amp-ad data-slot="/95377733/info.web.oglobo/noblat/geral" height="250" json="{"targeting":{"Info.MatID": "178252","Info.Topico": [""],"Info.Entidades": [""],"Info.CadunID": "","Info.Pos": "AMP-inline-1"}}" type="doubleclick" width="300" class="i-amphtml-element i-amphtml-layout-fixed i-amphtml-layout-size-defined i-amphtml-layout" style="width: 300px; height: 250px; max-width: 100%;" data-amp-slot-index="1"><div fallback="" style="max-width: 100%;"><div class="-amp-ad-default-holder" style="max-width: 100%; display: none;"></div></div><div placeholder="" class="amp-hidden" style="max-width: 100%;"><div class="-amp-ad-default-holder" style="max-width: 100%; display: none;"></div></div><iframe src="https://d-8931838282586391922.ampproject.net/1488238516283/frame.html" name="{"host":"d-8931838282586391922.ampproject.net","type":"doubleclick","count":1,"attributes":{"slot":"/95377733/info.web.oglobo/noblat/geral","ampSlotIndex":"1","targeting":{"Info.MatID":"178252","Info.Topico":[""],"Info.Entidades":[""],"Info.CadunID":"","Info.Pos":"AMP-inline-1"},"width":300,"height":250,"_context":{"ampcontextVersion":"1488238516283","sourceUrl":"http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/amp/descobrindo-velhice.html#origin=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br&exp=a4a%3A0&channelid=0&cid=1&dialog=0&prerenderSize=1&visibilityState=prerender&paddingTop=54&history=1&p2r=0&horizontalScrolling=0&csi=1&storage=1&viewerUrl=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2Famp%2Fnoblat.oglobo.globo.com%2Fgeral%2Fnoticia%2F2017%2F03%2Famp%2Fdescobrindo-velhice.html","referrer":"https://www.google.com.br/","canonicalUrl":"http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/descobrindo-velhice.html","pageViewId":"4698","location":{"href":"https://noblat-oglobo-globo-com.cdn.ampproject.org/v/noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/amp/descobrindo-velhice.html?amp_js_v=7#origin=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br&exp=a4a%3A0&channelid=0&cid=1&dialog=0&prerenderSize=1&visibilityState=prerender&paddingTop=54&history=1&p2r=0&horizontalScrolling=0&csi=1&storage=1&viewerUrl=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2Famp%2Fnoblat.oglobo.globo.com%2Fgeral%2Fnoticia%2F2017%2F03%2Famp%2Fdescobrindo-velhice.html"},"startTime":1488388233462,"sentinel":"1-25390701343351790500","clientId":"cYnuEk0H3cK--06tXMLQgbHCKhVcLN9zfbfjFqD_glyygNgVnbBI__81emi7PD0P","container":null,"tagName":"AMP-AD","mode":{"localDev":false,"development":false,"minified":true,"lite":false,"test":false,"version":"1488238516283","rtvVersion":"011488238516283"},"canary":false,"hidden":false,"initialIntersection":{"time":9354.4,"rootBounds":{"left":0,"top":0,"width":375,"height":559,"bottom":559,"right":375,"x":0,"y":0},"boundingClientRect":{"left":38,"top":612,"width":300,"height":250,"bottom":862,"right":338,"x":38,"y":612},"intersectionRect":{"left":0,"top":0,"width":0,"height":0,"bottom":0,"right":0,"x":0,"y":0},"intersectionRatio":0},"domFingerprint":"4028150766","experimentToggles":{"canary":false,"amp-experiment":true,"pan-y":true,"expAdsenseA4A":false,"expDoubleclickA4A":false,"a4aProfilingRate":true,"amp-form-custom-validations":true,"link-url-replace":true,"amp-form-var-sub":true,"amp-form-var-sub-for-post":true,"ad-type-custom":true,"amp-scrollable-carousel":true,"amp-inabox":true,"amp-ad-loading-ux":true,"ios-embed-wrapper":true,"amp-apester-media":true,"amp-accordion-session-state-optout":true,"amp-playbuzz":true,"make-body-relative":true,"chunked-amp":true,"visibility-v2":true,"amp-selector":true,"sentinel-name-change":true}},"type":"doubleclick"}}" width="300" height="250" scrolling="no" data-amp-3p-sentinel="1-25390701343351790500" class="i-amphtml-fill-content -amp-fill-content" style="border: none; max-width: 100%;"></iframe></amp-ad></div> <p style="max-width: 100%;"> — Você percebe que está velho quando se lembra da época em que acompanhava desfiles de escola de samba em pé, na beira da pista, durante 14 horas seguidas, e hoje cochila vendo pela televisão já na primeira meia hora de transmissão.</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você desconfia que seu gosto envelheceu quando acha "La la land" engraçadinho, mas meio chatinho, e quase todo mundo adora, inclusive Elio Gaspari.</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você tem certeza de que sua opinião não vale mais nada quando se escandaliza com a violência selvagem dessas lutas de MMA, agora para mulheres também. Gostaria de saber o que as neofeministas acham desse empoderamento. São brigas ferozes que atraem milhares de pessoas aqui e lá fora para aplaudir rostos deformados por socos e pontapés, e para depois reclamar da "insuportável violência urbana no mundo moderno".</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você suspeita que está mais pra lá do que pra cá quando alguém, com certeza esperando o pior, te olha e, surpreso com o que está vendo, diz em tom de consolo: "Mas você está muito bem!"</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você sabe que está démodé não só por usar essa palavra, mas também por não concordar com a visão dos mais jovens de que o Brasil está conservador e careta em termos de costumes, enquanto debatem e até mostram suas intimidades na internet e na televisão. Querem muito mais do que apenas discutir, por exemplo, quanto tempo o homem leva para uma segunda rodada na cama. Querem demonstração prática.</p> <p style="max-width: 100%;"> — Você se sente um objeto não identificado, quando nos acham estranhos porque nascemos antes do e-mail, do WhatsApp, do Facebook, do Twitter, da comida congelada, da penicilina, das fraldas descartáveis, da Gisele Bündchen, do cartão de crédito, da pílula, das canetas esferográficas, do radar, das máquinas de lavar pratos e das equipes econômicas, que nos consideram improdutivos.</p> <p style="max-width: 100%;"> — Em compensação, você acha que valeu a pena chegar à velhice ao ouvir seu neto Eric, de 4 anos, discorrer sobre a importância da "Lua no sistema sideral". E assistir à sua irmã, Alice, de 7 anos, anunciar que está escrevendo um livro e, mesmo antes de terminá-lo, querer saber como faz "para entrar na Academia" — não a de ginástica, mas a Brasileira de Letras.</p> <figure class="foto" style="max-width: 100%; margin: 1.4em 0px; font-size: 0.75em; line-height: 1.5em; font-family: -apple-system-font; color: rgba(0, 0, 0, 0.65098);"> <amp-img height="400" layout="responsive" src="https://s2-glbimg-com.cdn.ampproject.org/i/s2.glbimg.com/RYEY8gt167Hgjg1jhKwrExH_KI4=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/03/01/envelhecendo.jpg" srcset="https://s2-glbimg-com.cdn.ampproject.org/ii/w680/s2.glbimg.com/RYEY8gt167Hgjg1jhKwrExH_KI4=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/03/01/envelhecendo.jpg 680w, https://s2-glbimg-com.cdn.ampproject.org/ii/w1200/s2.glbimg.com/RYEY8gt167Hgjg1jhKwrExH_KI4=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/03/01/envelhecendo.jpg 1200w" width="648" class="i-amphtml-element i-amphtml-layout-responsive i-amphtml-layout-size-defined i-amphtml-layout" style="max-width: 100%;"><i-amphtml-sizer style="display: block; padding-top: 61.72839506172839%; max-width: 100%;"></i-amphtml-sizer><img class="i-amphtml-fill-content -amp-fill-content i-amphtml-replaced-content -amp-replaced-content" src="https://s2-glbimg-com.cdn.ampproject.org/ii/w1200/s2.glbimg.com/RYEY8gt167Hgjg1jhKwrExH_KI4=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2017/03/01/envelhecendo.jpg" style="max-width: 100%; margin: 0.5em auto; display: block; height: auto;"></amp-img></figure> <p style="max-width: 100%;"> <strong style="max-width: 100%;">Zuenir Ventura</strong><span style="max-width: 100%;"> </span><em style="max-width: 100%;">é jornalista</em></p> <div class="tags" style="max-width: 100%;"> <ul style="max-width: 100%;"> <li style="max-width: 100%;">Tags:</li> <li style="max-width: 100%;"><a href="http://noblat.oglobo.globo.com/tag/geral.html" target="_top" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;">geral</a></li> <li style="max-width: 100%;"><a href="http://noblat.oglobo.globo.com/tag/juventude.html" target="_top" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;">juventude</a></li> <li style="max-width: 100%;"><a href="http://noblat.oglobo.globo.com/tag/velhice.html" target="_top" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;">velhice</a></li> <li style="max-width: 100%;"><a href="http://noblat.oglobo.globo.com/tag/envelhecimento.html" target="_top" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;">envelhecimento</a></li> </ul> </div> <div class="share" style="max-width: 100%;"> <strong style="max-width: 100%;">Compartilhe</strong> <ul style="max-width: 100%;"> <li class="facebook" style="max-width: 100%;"> <a 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href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017_02_02_archive.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px">fev 02 </a><span style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px;background-color:rgb(192,161,84)"></span><span class="post-count" dir="ltr" style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px">(32)</span><span style="color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px;background-color:rgb(192,161,84)"></span><ul class="posts" style="padding:0px;margin:0px;line-height:1.2;list-style:none none;border-width:0px;color:rgb(51,51,51);font-family:Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif;font-size:12.880000114440918px"><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:none;border-width:0px;list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/opiniao-do-dia-barao-de-itarare.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Opinião do dia – Barão de Itararé</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/stf-libera-candidatura-de-maia-reeleicao.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">STF libera candidatura de Maia à reeleição</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/supremo-da-aval-para-rodrigo-maia-se.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Supremo dá aval para Rodrigo Maia se reeleger na C...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/celso-de-mello-libera-reeleicao-de-maia.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Celso de Mello libera reeleição de Maia</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/eunicio-oliveira-e-eleito-o-novo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Eunício Oliveira é eleito o novo presidente do Sen...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/eunicio-afirma-querer-reduzir-tensao.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Eunício afirma querer reduzir tensão entre poderes...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/suspense-no-supremo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Suspense no supremo</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/sorteio-de-novo-relator-da-lava-jato.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Sorteio de novo relator da Lava Jato deve acontece...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a 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0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/para-meirelles-brasil-sai-da-recessao.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Para Meirelles, Brasil sai da recessão no 1º trime...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/tcu-quer-investigar-garantias-de.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">TCU quer investigar garantias de crédito a Estados...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/pacote-de-ajuste-fiscal-provoca.html?m=0" 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href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/novela-sem-roteiro-jose-roberto-de.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Novela sem roteiro - José Roberto de Toledo</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-leite-das-criancas-luiz-carlos-azedo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O leite das crianças - Luiz Carlos Azedo</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-pouso-suave-de-renan-bernardo-mello.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O pouso suave de Renan – Bernardo Mello Franco</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-poder-de-verdade-carlos-melo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O poder de verdade - Carlos Melo*</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/pela-economia-ok-ja-na-politica-carlos.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Pela economia, ok. Já na política... - Carlos Albe...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/aritmetica-monetarista-desagradavel.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Aritmética monetarista desagradável - Yoshiaki Nak...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-rating-e-sociedade-zeina-latif.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O rating e a sociedade - Zeina Latif*</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/tregua-e-riscos-miriam-leitao.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Trégua e riscos - Míriam Leitão</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-embate-entre-camara-e-o-tcu-ribamar.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O embate entre a Câmara e o TCU - Ribamar Oliveira...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/o-tempo-da-lava-jato-no-stf-editorial-o.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">O tempo da Lava Jato no STF – Editorial | O Estado...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/crise-no-fies-e-monumento-ao-populismo.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Crise no Fies é monumento ao populismo</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/avanco-conservador-editorial-folha-de-s.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Avanço conservador – Editorial | Folha de S. Paulo...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/era-das-taxas-de-juros-muito-baixas.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Era das taxas de juros muito baixas está perto do ...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/freire-defende-voz-ativa-da-sociedade.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Freire defende voz ativa da sociedade civil no Con...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/olinda-do-alto-do-mosteiro-um-frade-ve.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Olinda, do alto do mosteiro, um frade vê - Carlos ...</a></li><li style="padding:0.35em 0px 0.35em 1.3em;margin:0.25em 0px;border-top-style:dashed;border-width:0px;border-top-color:rgb(119,119,119);list-style:none outside none;background-image:none"><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2017/02/evocacao-n-1turbilhaomascara-negra.html?m=0" style="color:rgb(153,51,34)">Evocação Nº 1/Turbilhão/Máscara Negra - Banda Ping...</a></li></ul> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-26348401031947708862017-01-28T21:05:00.001-02:002017-01-28T21:05:29.646-02:00Editorial do Estadão: PT explora a crise penitenciária | VEJA.com<div><base href="http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/editorial-do-estadao-pt-explora-a-crise-penitenciaria/"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Editorial do Estadão: PT explora a crise penitenciária | VEJA.com</title><div class="original-url"><br><a href="http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/editorial-do-estadao-pt-explora-a-crise-penitenciaria/">http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/editorial-do-estadao-pt-explora-a-crise-penitenciaria/</a><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">Editorial do Estadão: PT explora a crise penitenciária</h1><h2 class="subhead" style="font-weight: 400; font-size: 1.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; color: rgba(27, 27, 27, 0.65098); margin-top: -0.35em; line-height: 1.27em; max-width: 100%;">A iniciativa dos petistas demonstra o aparelhamento a que o Estado brasileiro foi submetido por Lula para sustentar as políticas partidárias do PT</h2> <header style="max-width: 100%;"> <div style="font-weight: bold; max-width: 100%;"> </div> <div style="max-width: 100%;"> Por <span style="font-weight: bold; max-width: 100%;">Augusto Nunes</span> </div> <p style="max-width: 100%;"> <i style="max-width: 100%;">access_time</i> <span style="max-width: 100%;"> 28 jan 2017, 17h29 </span> </p> </header> <section style="max-width: 100%;"> <p style="max-width: 100%;">Em mais de 13 anos no poder, o PT relegou a questão penitenciária a segundo plano, como demonstra o fato de que, nesse período, apenas R$ 687 milhões, 14% da dotação de cerca de R$ 5 bilhões destinados ao Fundo Penitenciário (Funpen), foram efetivamente aplicados. Para os lulopetistas, a questão dos presídios sempre foi um grande incômodo, porque não viam apelo eleitoral na questão.</p> <p style="max-width: 100%;">Revela, portanto, enorme hipocrisia a atitude do grupo de sete petistas integrantes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça – todos nomeados por Dilma Rousseff – que se demitiram coletivamente com a alegação de que o atual governo tem atentado contra a "independência" do órgão e também por discordarem do Plano Nacional de Segurança lançado no início do mês, em caráter de emergência, para enfrentar a crise deflagrada com a sucessão de rebeliões em presídios que atingiram até agora oito Estados. De resto, a iniciativa dos petistas demonstra sem disfarces o aparelhamento a que o Estado brasileiro foi submetido por Lula e companhia para sustentar as políticas partidárias do PT e aliados. Os conselheiros demissionários tinham com certeza, no governo anterior, total "independência" para manter em prudente segundo plano a já então grave questão penitenciária no País.</p> <p style="max-width: 100%;">Um dos demissionários, Gabriel Sampaio, ocupava um lugar no Conselho como recompensa pelos bons serviços que prestara ao PT como assessor do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e seu auxiliar na defesa de Dilma no processo de impeachment. Aos jornalistas, Sampaio explicou: "Saímos porque o ministro de Estado interditou o debate. Ciente de que o Conselho tinha uma maioria crítica ao Plano de Segurança, à MP que desvia recursos do Funpen para a Segurança Pública e ao decreto de indulto aos presos (publicado em dezembro), optou por alterar a composição do colegiado".</p> <p style="max-width: 100%;">A alegação de falta de debate revela-se claramente demagógica quando se examina a folha de serviços dos governos petistas relativa a questão tão relevante quanto a situação carcerária. Os petistas não apenas quase nada fizeram enquanto estavam no poder como, agora, queriam perder tempo precioso num "debate" que, a rigor, já foi feito. Seria ocioso repetir o diagnóstico do problema e suas soluções – e verdadeiramente criminoso protelar medidas para restabelecer a ordem nas cidades conturbadas.</p> <p style="max-width: 100%;">Como se trata de uma questão delicada e complexa, é claro que a solução definitiva do problema só virá a médio ou longo prazos, tempo suficiente para eventual correção de medidas de emergência e também para incorporar sugestões colhidas de quem está interessado em colaborar honestamente e não em fazer demagogia.</p> <p style="max-width: 100%;">Por outro lado, a alteração do colegiado a que o petista órfão do poder se refere diz respeito à criação pelo Ministério da Justiça de novos cargos de suplentes, que eram apenas 5, para igualar-se ao número de 13 titulares. É claro que as vagas que agora se abrem não serão ocupadas por militantes petistas.</p> <p style="max-width: 100%;">Em resposta às acusações dos petistas demissionários, um grupo remanescente de conselheiros subscreveu nota: "O grupo que ora se despede identificava-se com a gestão anterior. O Conselho passará, ao natural, por renovação, o que proporcionará melhor compreensão do dramático cenário herdado. O descalabro penitenciário não é de hoje, não tem oito meses, mas décadas" e foi "acentuado nos últimos 14 anos".</p> <p style="max-width: 100%;">Esse lamentável episódio em que petistas se valeram da crise penitenciária para fazer política de baixo nível é mais uma demonstração dos motivos pelos quais o PT agoniza. Depois de 13 anos de populismo irresponsável agravado, no governo de Dilma Rousseff, pela desastrada tentativa de cunho ideológico de impor ao País uma "nova matriz econômica", os brasileiros finalmente despertaram para o engodo de que eram vítimas: deram apoio maciço ao afastamento da presidente e decretaram nas urnas o banimento político do PT.</p> <p style="max-width: 100%;">Mas o mal foi feito. Para qualquer lado da administração pública que se olhe, o que se vê é devastação – que custará tempo e tesouro para consertar.</p> </section> </div></div></div><div><br><br>Enviado do meu iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-12492810343110050752017-01-14T11:20:00.001-02:002017-01-14T11:20:59.696-02:00Triste final feliz por Guilherme Fiuza, O Globo<br><div><br></div><div>Triste final feliz Guilherme Fiuza, O Globo</div><div>Donald Trump ainda não estreou, mas o pranto desesperado de Hollywood em memória de Barack Obama já é o Oscar de melhor comédia.</div><div>Não se sabe ao certo o que o agente laranja vai aprontar no poder. O que se sabe e se viu foram os lábios trêmulos e a voz embargada de Meryl Streep defendendo um governo marqueteiro, populista e medíocre. Cada um com a sua comoção.</div><div><br></div><div>Hollywood acredita em Robin Hood. Ou, mais precisamente: metade quer acreditar, e metade finge que acredita.</div><div>A Meca do cinema conhece o poder de uma lenda — tudo está bem se acaba bem (com bons personagens e muita emoção). Foi assim que alguns astros hollywoodianos ungiram Hugo Chávez e Nicolás Maduro como heróis dos pobres sul-americanos. O sangue derramado, a liberdade ceifada e a devastação econômica não entraram no filme. Não devem ter cabido no roteiro.</div><div>A lenda de Obama começa com um final feliz. Coisa de gênio, sem precedentes. No que pôs os pés na Casa Branca, o presidente foi agraciado com o Nobel da Paz — o primeiro Nobel pré-datado da história.</div><div>Quem haveria de contestar a escolha, diante do sorriso largo, da elegância e do alto astral do primeiro presidente negro dos EUA, exorcizando a carranca do Bush?</div><div>O problema de uma história que começa com final feliz é você ter que assistir ao resto de olhos fechados, para não estragar. Foi o que fez a claque mundial de Barack Obama nos oito anos que faltavam.</div><div>Os críticos dizem que foi um governo desastroso. Inocentes — não sabem o que é uma temporada com o Partido dos Trabalhadores.</div><div>O Partido Democrata fez um governo medíocre, recostado à sombra do mito. E para corresponder à mitologia, aumentou alegremente as taxações e a dívida pública (100%), porque é assim que faz um Robin Hood.</div><div>A diferença é que na vida real há uma floresta de burocratas no caminho, engordando com o dinheiro dos pobres. Uma Sherwood estatal.</div><div>Esse populismo perdulário, de verniz progressista, ancorado num líder identificado com os menos favorecidos — receita conhecida dos brasileiros — costuma ser muito saudável para quem está no poder. O problema é o bolso do eleitor, que não se comove com presidente fanfarrão, canastrão ou chorão.</div><div>As caras e bocas de Obama devem ter enchido os olhos de Meryl Streep — mas, quando esvaziam o bolso do contribuinte, não tem jeito. A economia americana engasgou com as prendas estatais do presidente bonzinho, e as urnas mandaram a conta.</div><div>Só que a lenda está a salvo disso tudo, e a claque não se entrega — como foi visto na histórica cerimônia do Globo de Ouro.</div><div>O transtorno da elite cultural americana é tal, que os bombardeios de Obama ficam parecendo chuva de pétalas — mesmo quando destroem um hospital.</div><div>Um cara tão gente boa não pode ser um dos presidentes que mais agiram contra as investigações da imprensa no país — e claro que o megaesquema de espionagem do caso NSA foi sem querer. Barack é do bem.</div><div>Dizem que Donald Trump vai provocar uma guerra mundial. É o chilique com efeitos especiais. Mas se isso acontecer, se o planeta virar mesmo um cogumelo, a claque do Obama estará de parabéns. Graças a ela, aos patrulheiros das boas maneiras ideológicas, aos gigolôs da virtude, enfim, a toda essa gente legal que vive de industrializar a piedade, o bufão alaranjado emergiu. Ele é a resposta dos mortais à ditadura dos coitados.</div><div>Só um caminhão de demagogia sobre imigrantes, impondo o falso dilema da xenofobia, poderia transformar um muro em protagonista eleitoral na maior democracia do mundo.</div><div>Xenófobos são sempre retrógrados — a civilização foi feita de migrações. Mas imigrantes e refugiados ganharam passaporte diplomático no mundo da lua dos demagogos, onde sempre cabe mais um.</div><div>Demagogia atrai demagogia — em igual intensidade e sentido contrário. Aí veio o troco do agente laranja, e agora Meryl Streep está fingindo que a escolha dos americanos discrimina Hollywood. É de morrer de pena.</div><div>É duro ver artistas esplendorosos fazendo papel de tolos com cara de revolucionários. Resta aos fãs fazer como eles: fechar os olhos para não estragar a história. E resta ao mundo parar de mimar os coitados profissionais. Eles custam caro.</div><div>Obama se despediu repetindo o "Yes, we can". Não, companheiro. Não podemos mais viver de slogans espertos e governantes débeis.</div><div>A paz mundial não avançou um milímetro enquanto o Nobel pré-datado engatinhava em seu gabinete, entre outras gracinhas ensaiadas.</div><div>A Faixa de Gaza e o Estado Islâmico não têm a menor sensibilidade para as atrações da Disney.</div><div>Obama disse que Lula era o cara. A Lava-Jato provou que era mesmo. Cada um com sua lenda. E você com a conta. Mas não fique aí parado. Faça como a Meryl: chore.</div><div><br></div><div>Barack Obama recebeu Donald Trump na Casa Branca para o começo da transição de poder (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)</div><div>Guilherme Fiuza é jornalista</div><div><br></div> <br> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-25640303863564005252016-12-13T11:43:00.001-02:002016-12-13T11:43:33.709-02:00A crise é do sistema , por Marco Antonio Villa, O Globo Noblat<a href="http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/12/crise-e-do-sistema.html">http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/12/crise-e-do-sistema.html</a>
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<br>Enviado do meu iPadUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-8220589685714818232016-11-14T19:53:00.001-02:002016-11-14T19:53:41.137-02:00Democracia Política e novo Reformismo: Reconstrução de uma nação arrasada - Ives Gandra da Silva Martins*<div><base href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/11/reconstrucao-de-uma-nacao-arrasada-ives.html?m=0"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Democracia Política e novo Reformismo: Reconstrução de uma nação arrasada - Ives Gandra da Silva Martins*</title><div class="original-url"><br><a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/11/reconstrucao-de-uma-nacao-arrasada-ives.html?m=0">http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/11/reconstrucao-de-uma-nacao-arrasada-ives.html?m=0</a><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">Reconstrução de uma nação arrasada - Ives Gandra da Silva Martins*</h1> <div class="clear" style="max-width: 100%; clear: both;"> <a href="https://2.bp.blogspot.com/-CSCZLRQ3llU/WCmdiZlNfbI/AAAAAAACGH0/0FBkHrB9qeUaZmVGm8pWTX4u2a4Rd75TACLcB/s1600/IVES%2BGANDRA%2BMARTINS%2B1.jpg" imageanchor="1" class="auxiliary float left" style="width: 149px; text-decoration: underline; color: rgba(0, 0, 0, 0.65098); max-width: 100%; margin-bottom: 1.4em; display: block; clear: both; font-size: 0.75em; line-height: 1.4em; text-align: start; float: none; margin-right: 20px; font-family: -apple-system-font; margin-top: 1.4em;"><img height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-CSCZLRQ3llU/WCmdiZlNfbI/AAAAAAACGH0/0FBkHrB9qeUaZmVGm8pWTX4u2a4Rd75TACLcB/s200/IVES%2BGANDRA%2BMARTINS%2B1.jpg" width="133" class="" style="max-width: 100%; margin: 0.5em 0px; display: block; height: auto; -webkit-margin-start: 0px;"></a></div> <p style="max-width: 100%;"> <span style="max-width: 100%;">- O Estado de S. Paulo</span></p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> <b style="max-width: 100%;"><i style="max-width: 100%;"><span style="max-width: 100%;">• O Brasil precisa de maior serenidade agora que é apresentado um projeto coerente</span></i></b></p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Corrupção, protagonismo excessivo, reformas e desenvolvimento – embora pareça contraditório, esse é o retrato do momento brasileiro. Luta-se contra a corrupção, há excesso de protagonismo das autoridades – apesar de idôneas – no seu combate, as reformas são necessárias, mas atingem interesses burocráticos, políticos e de grupos, e o desenvolvimento só se fará se o País voltar a ter paz para que o governo, com corretas sinalizações, venha a implementá-las.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> De que o juiz Sergio Moro com a colaboração do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal passarão à História, pois representam um verdadeiro divisor de águas entre o Brasil antes e depois da Operação Lava Jato, não tenho a menor dúvida. Conscientizaram o País de que a corrupção nos meios políticos tem de ser combatida e os novos políticos – São Paulo, nas eleições municipais, deu um exemplo – terão de ter, antes de tudo, perfil ético. O povo não aceita mais governos corruptos.</p> <a name="more" style="text-decoration: none; max-width: 100%;"></a><br style="max-width: 100%;"> <p style="max-width: 100%;"> Nem por isso sua ação deixou de ultrapassar, por vezes, os limites estabelecidos para autoridades de seu nível. Os crimes investigados têm mais o perfil de "concussão", imposição pelos governantes de condições para que empresas contratassem com o Estado – sem o que teriam de paralisar suas atividades –, do que "corrupção", em que empresários corrompem autoridades. Por outro lado, a midiática atuação do MP para acusar não condiz com a serenidade necessária que o parquet deve ter, para dar densidade a suas acusações.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O próprio Supremo Tribunal Federal (STF), constituído de 11 excelentes juristas, na onda de um protagonismo no passado inconcebível se tornou legislador constituinte, sobrepondo-se ao poder do Congresso de criar normas, superando disposições constitucionais e causando turbulências no processo legislativo. Basta, por exemplo, verificar a postura do Pretório Excelso ao modificar o regimento interno do Senado, impondo novas regras para o impeachment. No impedimento do presidente Collor, dois dias após a decisão da Câmara, o Senado determinou sua destituição, enquanto no da presidente Dilma, levou quase um mês, em que o País ficou praticamente sem governo. Dilma não era presidente senão formalmente e Michel Temer não podia governar, nada obstante a certeza do afastamento, aprovado pela Câmara dos Deputados.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O Brasil, todavia, precisa de maior serenidade agora que é apresentado um projeto coerente de reconstrução de uma nação arrasada, com seus alicerces passando a ser reconstruídos a partir da PEC do Teto de gastos públicos.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O primeiro passo é controlar as despesas de uma burocracia esclerosada. Na comissão do Senado de que participo, presidida pelo ministro Mauro Campbell e com relatoria do ministro Dias Toffoli, temos, elaborado por Aristóteles Queiroz, um anteprojeto de desburocratização que deverá em breve ser levado à Casa da República. A PEC do Teto está nesse caminho.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Há, porém, algumas reformas fundamentais que devem ser promovidas para que um novo edifício institucional seja construído.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A reforma política é necessária. Embora eu defenda o parlamentarismo desde os bancos acadêmicos (poderá o leitor acessar o e-book que coordenei, sob o título Parlamentarismo, utopia ou realidade?, com 24 ínclitos juristas de reconhecimento nacional e internacional, em <a href="http://www.gandramartins.adv.br">www.gandramartins.adv.br</a> ou no meu e-mail <a href="mailto:ivesgandra@gandramartins.adv.br">ivesgandra@gandramartins.adv.br</a>), creio que o primeiro passo será a adoção de cláusula de barreira, com avaliação de desempenho partidário para a manutenção dos partidos; voto distrital misto, ou seja, metade dos deputados sendo eleitos no distrito e metade em eleições proporcionais; financiamento de campanha sob rígido controle e eliminação de coligações partidárias.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A reforma previdenciária, embora de impacto em mais longo prazo, é imprescindível. Se não vier, a população que trabalha não terá como sustentar uma população superior aposentada, no futuro. A reforma trabalhista, no que concerne à terceirização e às convenções coletivas de trabalho, é relevante para reduzir o desemprego, que a CLT, de 1943 (verdadeira "vaca sagrada"), de longe não protege.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Quanto à reforma burocrática, temos esperança de que o nosso anteprojeto, que surge de uma comissão criada pelo próprio Senado com essa finalidade, possa ser aprovado.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A reforma tributária não pode esperar mais. Reclamam os governantes dos Estados, que embarcaram na guerra fiscal inconstitucional (assim a definiu o STF), que não têm dinheiro. Mas foram os responsáveis por uma irracional política de incentivos, tendo deixado de cobrar ICMS de grupos que se instalavam em seus territórios, até causando descompetitividade no próprio Estado. É de lembrar que o STF sempre considerou inconstitucional tal prática, sem que os Estados se curvassem, pois editavam novas leis padecendo do mesmo vício tão logo a lei anterior era declarada violadora da Carta da República.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A reforma do Judiciário é importante. A Constituição federal sinalizou a necessidade de uma nova Lei Orgânica da Magistratura. Como a iniciativa é do próprio Judiciário, até hoje não houve nenhuma proposta nesse sentido, continuando a velha e ultrapassada lei complementar de 1975 (LC 35) a reger um Poder que, de longe, nada obstante ser o melhor dos três Poderes, não atende mais à necessidade dos jurisdicionados.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Enfim, poderá o presidente Michel Temer, hábil político e excelente constitucionalista, com sua capacidade reconhecida de articulação e serenidade de pronunciamentos não demagógicos, dar início a essa árdua empreitada, para que o País saia de uma crise sem precedentes em sua História, construída pelos desastrosos governos dos últimos 13 anos.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> É o que os brasileiros esperam, para que as potencialidades do País permitam à sua gente o crescimento que merece.</p> <p style="max-width: 100%;"> <b style="max-width: 100%;"><i style="max-width: 100%;"><span style="max-width: 100%;">--------------------</span></i></b></p> <p style="max-width: 100%;"> <b style="max-width: 100%;"><i style="max-width: 100%;"><span style="max-width: 100%;">*Professor emérito das Universidades Mackenzie, Unip, Unifieo e Unifmu, do CIEE/O Estado de S. Paulo, da Eceme, da ESG e da Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal - 1ª região</span></i></b></p> </div></div></div><div><br><br>Enviado do meu iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-8121951914421375622016-11-08T15:41:00.001-02:002016-11-08T15:41:47.262-02:00Artigos 8/11<ul class="hierarchy" style="padding:0px;margin:0px;line-height:1.2;list-style:none none;border-width:0px;color:rgb(102,102,102);font-family:'Trebuchet MS',Trebuchet,sans-serif;font-size:13px"><li class="archivedate expanded" style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.2em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a class="toggle" style="color:inherit;font-family:Arial,sans-serif"><span class="zippy toggle-open" style="color:rgb(0,0,0);line-height:0.6em">▼ </span></a><a class="post-count-link" href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016_11_08_archive.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">nov 08 </a><span class="post-count" dir="ltr">(11)</span><ul class="posts" style="padding:0px;margin:0px;line-height:1.2;list-style:none none;border-width:0px"><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/estado-de-anarquia-jose-casado.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Estado de anarquia - JOSÉ CASADO</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/a-caminho-da-nova-constituicao-nelson.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">A caminho da nova Constituição - NELSON PAES LEME</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/aconteca-o-que-acontecer-vitoria-de.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Aconteça o que acontecer, a vitória de Donald Trum...</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/brasil-vs-argentina-nos-que-comecamos.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Brasil vs. Argentina: nós que começamos - RONALDO ...</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/no-carnaval-marcelo-crivella-tera-que.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">No Carnaval, Marcelo Crivella terá que rebolar - A...</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/a-republica-vem-ai-marco-antonio-villa.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">A República vem aí - MARCO ANTONIO VILLA</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/a-regra-do-jogo-eliane-cantanhede.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">A regra do jogo - ELIANE CANTANHÊDE</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/desista-petista-nos-ja-sabemos-qual-e.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Desista, petista, nós já sabemos qual é a sua - KI...</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/o-risco-da-intervencao-merval-pereira.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">O risco da intervenção - MERVAL PEREIRA</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/crise-da-previdencia-fluminense-nao-e.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Crise da previdência fluminense não é a única - ED...</a></li><li style="padding:0.25em 0px 0.25em 1.3em;margin:0.25em 0px;list-style:none outside none;border-width:0px;background-image:none"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/11/os-esclarecimentos-de-moro-editorial.html?m=0" style="color:rgb(67,101,144)">Os esclarecimentos de Moro - EDITORIAL ESTADÃO</a></li></ul></li></ul> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-4712405668321131182016-11-05T20:00:00.001-02:002016-11-05T20:00:34.822-02:00Entrevista Sérgio Moro ao Estadão<a href="https://www.google.com.br/amp/politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sergio-moro-na-integra-ideal-seria-limitar-o-foro-privilegiado/%3Famp?client=safari">https://www.google.com.br/amp/politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sergio-moro-na-integra-ideal-seria-limitar-o-foro-privilegiado/%3Famp?client=safari</a> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-57589491694900340802016-10-17T17:50:00.001-02:002016-10-17T17:51:45.532-02:00Dylan e a eleição carioca - Nelson Motta<a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/dylan-e-eleicao-carioca-nelson-motta.html?m=1">http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/dylan-e-eleicao-carioca-nelson-motta.html?m=1</a>
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Enviado do meu iPadUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-17874223099107957632016-10-17T11:53:00.001-02:002016-10-17T11:53:48.566-02:00A desinflação agora é uma realidade - Luiz Carlos Mendonça de Barros<a href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/a-desinflacao-agora-e-uma-realidade.html?m=0">http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/a-desinflacao-agora-e-uma-realidade.html?m=0</a>
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<br>Enviado do meu iPhoneUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-63078735721458847282016-10-13T11:10:00.000-03:002016-10-13T11:11:02.592-03:00Privatizar cemitérios, por que não?Carlos Alberto Sardenberg<div><base href="http://www.sardenberg.com.br/artigos/11-politica-economica/11424-privatizar-cemit%C3%A9rios,-por-que-n%C3%A3o.html"><style id="article-content"> h1, h2, h3, h4, h5, h6 { font-weight: bold; } h1 { font-size: 1.25em; line-height: 1.4em; } h2 { font-size: 1.125em; } h3 { font-size: 1.05em; } h4, h5, h6 { font-size: 1em; margin: 1em 0; } h1.title { text-align: start; -webkit-hyphens: manual; margin-bottom: 1em; } .title { display: none; } :nth-child(1 of .page) .title { display: block; } .page { text-align: start; word-wrap: break-word; } .page.rtl { direction: rtl; } a { color: rgb(65, 110, 210); text-decoration: none; } #article { text-rendering: optimizeLegibility; } #article * { /* Scale down anything larger than our view. 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O candidato tucano havia sido presidente de um programa paulista de desestatização, na gestão de Mario Covas, que arrecadara nada menos que R$ 32 bilhões para equilibrar as finanças públicas e para gastos sociais. E ele mesmo, quando governador, lançara planos de privatização ainda em 2005, a apenas um ano da campanha presidencial.</p> <p> Como haviam sido programas bem sucedidos, esperava-se que Alckmin partisse para o ataque, por exemplo, denunciando o excesso de estatização, e ineficiência do governo do petista. Reparem: já havia estourado o mensalão, com o uso abusivo do Banco do Brasil para falcatruas. E a Petrobrás já era pelo menos mal falada.</p> <p> Pois não é que o tucano aparece no dia seguinte com uma jaqueta especialmente desenhada pelos seus marqueteiros que exibia os logos da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios? Na cabeça, um boné amarelo berrante do BB.</p> <p> E para ser mais incisivo no seu papel de grande defensor do Estado, Alckmin acusou Lula de vender a Amazônia e, pior ainda, para investidores privados estrangeiros. Entregar a terra adorada ao imperialismo!</p> <p> Seguiu-se o instrutivo debate:</p> <p> - Privatista!</p> <p> - Não ofende, privatista é você!</p> <p> - Calúnia, nunca vendi nada.</p> <p> - Vendeu sim.</p> <p> Curioso que Lula havia vendido dois bancos estaduais, do Maranhão e do Ceará - aliás, bem privatizados. Mas ele nem se lembrava disso, é claro.</p> <p> De todo modo, como a pecha de privatizante caía melhor num tucano, Alckmin pagou essa conta.</p> <p> Passam-se os anos e chegamos à campanha para prefeito de São Paulo. João Dória, candidato apoiado pelo agora governador Alckmin, anuncia que vai vender o Parque Anhembi (um centro de exposições), o Sambódromo, o Autódromo de Interlagos, o Estádio do Pacaembu, além de conceder à iniciativa privada linhas e estações de metrô e ônibus.</p> <p> O candidato petista, o prefeito Fernando Haddad, reagiu como Lula em 2006. Denunciou num debate: o tucano quer privatizar até os cemitérios!</p> <p> Essa não! - pensei. Agora vai o Dória aparecer com uma jaqueta cheia de logos: Cemitério do Araçá; Velório da Quarta Parada; Crematório da Vila Alpina. O boné, preto, claro, com a marca do Serviço Funerário, um serviço do Estado para os mortos.</p> <p> Novos tempos, porém. João Dória continuou com seu blazer ou a malha com o nó na frente, sem boné. E repetiu que ia mesmo fazer uma ampla privatização.</p> <p> Parece que não incluiu os cemitérios na lista de vendas/concessões. Não terá sido por ideologia, mas por falta de compradores. Os cemitérios municipais de São Paulo estão degradados, lotados e com sepulturas já vendidas. Em resumo, o negócio não é bom. A menos que se aprove legislação permitindo a construção de prédios de túmulos, o que aumentaria a capacidade de oferta.</p> <p> Enfim, um outro debate. Mais fácil vender o Anhembi.</p> <p> Os leitores e leitoras podem achar que estou de brincadeira. Mas não. Esse episódio foi um dos principais sinais da mudança vista na eleição municipal em muitos lugares e especialmente em São Paulo. A acusação de privatista - que fizera Alckmin protagonizar um dos momentos mais ridículos da política brasileira - nem foi considerada. Ninguém considerou um escândalo quando Haddad denunciou a suposta venda dos cemitérios. Muitos paulistanos certamente se lembraram que os cemitérios privados são incomparavelmente melhores que os municipais. Inclusive para os mortos. Nos particulares, por exemplo, não há depredação ou roubo de túmulos.</p> <p> E por falar nisso tudo, o governador Geraldo Alckmin, de novo possível candidato tucano à Presidência da República, está com um outro programa de privatização. Pretende conceder algo como 60% da rede do metrô e nada menos que 25 parques, entre outras coisas.</p> <p> O governo Temer já está privatizando, com as vendas de ativos da Petrobras.</p> <p> Sabem a quem devemos esse triunfo da agenda liberal? Já adivinharam. Ao PT, claro, aos governos Lula e Dilma, que promoveram uma tal destruição da gestão estatal que o pessoal imagina: nada pode ser pior que isso.</p> <p> Mas foi uma pena e custou muito ao país que essas ideias - redução do Estado, controle de gastos públicos, privatizações e concessões - tenham voltado pelos piores motivos.</p> <p> José Serra, quando candidato presidencial tucano, em 2002, também se recusou a defender as privatizações do governo FHC, que ficaram órfãs por todo esse tempo.</p> <p> Se os liberais tivessem defendido suas ideias, ou se houvesse liberais dispostos, não teria sido preciso que o PT destruísse estatais para demonstrar a ineficácia do Estado.</p> </div></div></div><div><br><br><br></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-68982382217207446742016-10-09T17:09:00.002-03:002016-10-09T17:11:38.659-03:00Mais artigos blog do Murilo<ul class="posts" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border-width: 0px; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.2; list-style: none none; margin: 0px; padding: 0px; text-indent: -15px;">
<li style="background-image: none; border-width: 0px; list-style: none outside none; margin: 0.25em 0px; padding: 0.25em 0px 0.25em 1.3em;"><a href="http://avaranda.blogspot.com.br/2016/10/o-brasil-tolera-o-golpe-petista.html?m=0" style="color: #436590; text-decoration: none;">O Brasil tolera o golpe petista - GUILHERME FIUZA</a></li>
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Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-7235722134083220132016-10-09T17:01:00.001-03:002016-10-09T17:01:40.896-03:00Alívio e incerteza - Míriam Leitão<div><base href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/alivio-e-incerteza-miriam-leitao.html?m=1"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Democracia Política e novo Reformismo: Alívio e incerteza - Míriam Leitão</title><div class="original-url"><br><span style="font-size: 2em; font-family: -apple-system-font;">Alívio e incerteza - Míriam Leitão</span></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"><div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"> <div class="clear" style="max-width: 100%; clear: both;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-AW5rMIa0iJI/V_j3LkG7wvI/AAAAAAACEq8/Ckk7gXHBWTMowk89ZDbeDP_GMSpdKIwpACLcB/s1600/MIRIAM%2BLEIT%25C3%2583O%2B2.jpg" imageanchor="1" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;"><img height="144" src="https://1.bp.blogspot.com/-AW5rMIa0iJI/V_j3LkG7wvI/AAAAAAACEq8/Ckk7gXHBWTMowk89ZDbeDP_GMSpdKIwpACLcB/s200/MIRIAM%2BLEIT%25C3%2583O%2B2.jpg" width="200" class="" style="max-width: 100%; margin: 0.5em auto; display: block; height: auto;"></a></div> <p style="max-width: 100%;"> <span style="max-width: 100%;">- O Globo</span></p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Inflação em 12 meses vai continuar caindo. A semana terminou com uma notícia boa na economia, a inflação em 0,08% em setembro, abaixo do que estava previsto, e isso aliviou o peso da péssima notícia da queda da produção industrial de agosto. As duas, cada uma a sua maneira, levam ao mesmo resultado de reforçar a tendência de queda das taxas de juros. Em outra área, os governadores querem ser incluídos na reforma da Previdência.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O esforço para estabilizar a economia passa por reduzir a inflação, retomar o crescimento e fazer as reformas. A queda da produção industrial de agosto em 3,8%, divulgada na terça-feira, foi o banho de água fria, a queda da inflação animou a sexta. A esperança do governo é que o tombo da indústria seja um ponto fora da curva, mas a desinflação continuará acontecendo.</p> <a name="more" style="text-decoration: none; max-width: 100%;"></a><br style="max-width: 100%;"> <p style="max-width: 100%;"> A inflação perto de zero em setembro tem explicações específicas. Houve deflação de alimentos. No Rio, houve queda dos preços da alimentação fora de casa, pelo efeito reverso do que houve nas Olimpíadas. O indicador de serviços está reduzindo no acumulado de 12 meses, em grande parte como efeito do desemprego.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> No último trimestre do ano, segundo Luiz Roberto Cunha, da PUC do Rio, a inflação vai subir no indicador mensal. Ele espera 0,30%, 0,45% e 0,65%, entre outubro e dezembro, respectivamente. Porém, no ano passado, as taxas foram 0,83%, 1,01% e 0,96%. Com isso, haverá queda no acumulado de 12 meses, e ontem já se falava no mercado — Cunha também acha isso — que este ano termina abaixo de 7,2%. Mais do que isso: em janeiro e fevereiro do ano que vem, a tendência também será de redução do índice de 12 meses, porque este ano os números foram bem altos: 1,27%, em janeiro, e 0,90%, em fevereiro. Essa queda reduz o peso da indexação nas tarifas públicas. Em resumo, nos próximos cinco meses a inflação de 12 meses deve continuar em queda, aliviando os bolsos.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Na frente das reformas, o que aconteceu nas últimas horas foi a entrada dos governadores na conversa, pedindo que as mudanças da Previdência atingissem também os regimes de aposentadorias dos estados.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão, foi a Brasília, manteve uma reunião com o presidente Michel Temer, o economista Raul Velloso, e o secretário de Previdência, Marcelo Caetano. Eles se debruçaram sobre os números e projeções da Previdência de estados e municípios. Depois disso, Temer se reuniu com outros sete governadores, além de Pezão, entre eles o de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o de Minas, Fernando Pimentel, para discutir o mesmo assunto.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> — A situação é muito grave. No Rio, o déficit da Previdência vai chegar a R$ 13 bilhões, em Minas, a R$ 12 bilhões, São Paulo, R$ 18 bilhões. Até o Espírito Santo, que é um estado ajustado, terá um déficit de R$ 1,7 bilhão. Será inevitável reformar a Previdência dos estados também — diz Pezão, que, a propósito, apesar de estar se recuperando do tratamento de câncer, contou que continua em atividade pelo telefone. Neste caso, ele foi pessoalmente a Brasília. Pezão tem esperança de poder voltar a assumir o governo em novembro.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Os governadores irão a Brasília na semana que vem, todos eles, para uma reunião em que discutirão esse problema e tentarão elaborar uma proposta conjunta para o governo. No dia 20, devem fazer uma reunião com o presidente Temer sobre o assunto, já com uma proposta fechada.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> No ritmo de atividade econômica, não há ainda a garantia de que a queda da produção industrial foi um ponto fora da curva. A indústria automobilística, que derrubou o número de agosto, divulgou uma nova queda em setembro. O desemprego deve continuar alto. Mas a queda da taxa de juros que pode acontecer na reunião do dia 19 de outubro ajudará a melhorar o clima no país. Muitos economistas estão prevendo redução dos juros, de 0,25% ou 0,5%.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> — Será um alívio fiscal, será um pequeno ânimo para as empresas — diz Luiz Roberto Cunha.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse que a inflação "volta à normalidade". Ainda não, porque afinal a taxa está acima do teto da meta. E a economia como um todo está longe da normalidade. Foi muito dura a queda. Por isso, quando vem uma notícia boa, como a inflação divulgada ontem, é hora de comemorar.</p> </div></div></div><div><br><br>Enviado do meu iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10702348.post-17911006026260363342016-10-09T17:00:00.001-03:002016-10-09T17:00:11.898-03:00Vamos ajustar as contas públicas e reduzir a taxa de juros? - Marcos Lisboa<div><base href="http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2016/10/vamos-ajustar-as-contas-publicas-e.html?m=1"><style id="print"> @media print { body { margin: 2mm 9mm; } .original-url { display: none; } #article .float.left { float: left !important; } #article .float.right { float: right !important; } #article .float { margin-top: 0 !important; margin-bottom: 0 !important; } } </style><title>Democracia Política e novo Reformismo: Vamos ajustar as contas públicas e reduzir a taxa de juros? - Marcos Lisboa</title><div class="original-url"><br><br></div><div id="article" role="article" style="text-rendering: optimizelegibility; font-family: -apple-system-font; font-size: 1.2em; line-height: 1.5em; margin: 0px; padding: 0px;" class="system exported"> <!-- This node will contain a number of div.page. --> <div class="page" style="text-align: start; word-wrap: break-word; max-width: 100%;"><h1 class="title" style="font-weight: 400; font-size: 2em; line-height: 1.2em; margin-top: 0px; margin-bottom: 0.5em; text-align: start; -webkit-hyphens: manual; display: block; max-width: 100%;">Vamos ajustar as contas públicas e reduzir a taxa de juros? - Marcos Lisboa</h1> <div class="clear" style="max-width: 100%; clear: both;"> <a href="https://4.bp.blogspot.com/-7-GLhnt4MD0/V_pPzJVTbHI/AAAAAAACEvM/zhAIulqg_7Ah024HWcRH1yGc_YyG6OdEwCLcB/s1600/MARCOS%2BLISBOA.jpg" imageanchor="1" style="text-decoration: underline; color: rgb(65, 110, 210); max-width: 100%;"><img src="https://4.bp.blogspot.com/-7-GLhnt4MD0/V_pPzJVTbHI/AAAAAAACEvM/zhAIulqg_7Ah024HWcRH1yGc_YyG6OdEwCLcB/s1600/MARCOS%2BLISBOA.jpg" class="" style="max-width: 100%; margin: 0.5em auto; display: block; height: auto;"></a></div> <p style="max-width: 100%;"> <span style="max-width: 100%;">- Folha de S. Paulo</span></p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A taxa de juros no Brasil é elevada em comparação com a de outros países, ainda que bem menos do que alguns argumentam quando são considerados os impostos e a inflação.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Em tempos de crise fiscal, a pergunta é inevitável: o governo não deveria reduzir os juros para gastar menos?</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A alta taxa de juros é o sintoma da doença, não a sua causa, e decorre de um problema ainda mais grave: o desequilíbrio das contas públicas.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> O governo possui diversos mecanismos para financiar os seus gastos. Alguns transparentes, como impostos e dívida. Outros, mais sutis, como a inflação, que cobra um duplo sacrifício da população: bens e serviços mais caros e juros altos para financiar as contas públicas.</p> <a name="more" style="text-decoration: none; max-width: 100%;"></a><br style="max-width: 100%;"> <p style="max-width: 100%;"> Caso as contas públicas estejam equilibradas, o governo retira da sociedade o equivalente em bens e serviços para arcar com as suas obrigações.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Se a despesa é maior do que a receita, o setor público pode se endividar, desde que a sociedade acredite que haverá recursos para pagar as obrigações no futuro.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Existe, ainda, outra opção. O deficit pode ser financiado com o aumento da inflação, que aumenta rapidamente a arrecadação, enquanto a despesa aumenta apenas posteriormente, melhorando as contas públicas à custa do bem-estar social.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A política monetária tem por objetivo controlar a inflação por meio da taxa de juros, que afeta a atividade econômica e a pressão inflacionária.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A política fiscal, em conjunto com outros fatores, determina a taxa neutra de juros, aquela que garante a inflação no centro da meta de inflação.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Nos países desenvolvidos, a taxa neutra é baixa, o que significa baixa inflação, mesmo com juros perto de zero. No Brasil, por outro lado, temos uma alta taxa neutra de juros, resultado de um longo histórico de desequilíbrios fiscais e intervenções heterodoxas.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Na década de 2000, a melhora das contas públicas permitiu a progressiva queda sustentável da taxa de juros.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Desde 2010, porém, assistimos à deterioração fiscal. Em 2011, o governo reduziu os juros (sem que a taxa neutra tivesse caído) e tentou controlar a inflação por meio dos preços administrados.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> Como nos anos 1980, não deu certo. O desequilíbrio das contas públicas resultou no aumento da inflação, e a taxa de juros teve que ser aumentada.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A severidade da recessão reduz a inflação e vai permitir uma queda da taxa de juros. Sem o ajuste estrutural das contas públicas, porém, a taxa neutra permanecerá elevada, e continuaremos com o dilema entre juros mais altos do que nos demais países ou inflação.</p> <p style="max-width: 100%;"> </p> <p style="max-width: 100%;"> A PEC 241, que limita o aumento dos gastos públicos, é o primeiro passo para superar esse dilema.</p> </div></div></div><div><br><br>Enviado do meu iPhone</div>Unknownnoreply@blogger.com